Com Dia de Finados às portas, compra de flores é tímida nas floriculturas

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Foto: Nilson Figueiredo

Setor atribui queda nas vendas ao aumento da competitividade entre comércios 

Nas floriculturas da Capital, a venda de flores para o Dia dos Finados ainda se mostra tímida. A expectativa é que até sexta- -feira (3), haja um aumento. No entanto, como argumentam os próprios comerciantes, com o decorrer dos anos, a movimentação decaiu, o valor das flores aumentou e a data, que movimenta a economia, se mostra tímida e desponta no 3º lugar no ranking de atratividade do comércio, ficando atrás de datas como o Dia das Mães e dos Namorados.

A proprietária da Floricultura Silvestre, na Av. Mato Grosso, Maria Gabriela Belinati, 27, explica que, desde 2019, a data não tem demonstrado tanta atratividade. Segundo Belinati, o principal motivo seria a chegada dos comércios em frente aos cemitérios, mas, também, do crescimento nas ofertas, como, por exemplo, em supermercados. “Eu acho que as vendas dos finados já devem ter sido muito melhores antes, mas hoje em dia não tem nada que mude drasticamente. Claro que tem uma venda diferente, os vasos de crisântemos, mas nada muito especial. Não é como no Dia das Mães ou no Dia dos Namorados. Já foi muito maior, mas agora competimos com o mercado, com quem vende em frente ao cemitério e isso diminui um pouco. Mas, apesar disso, vemos aumentos, nada exorbitante”, avalia Belinati.

Na floricultura, o crisântemo, que no Dia de Finados é recorde de vendas, tem o vaso em tamanho médio comercializado a R$ 40. Conforme a proprietária, a Bola Belga e as rosas, que variam entre R$ 10 a R$ 12 a unidade, são as flores que mais saem nesta data. Para o Dia de Finados deste ano, a expectativa é cotada em um aumento de 10%.

O gerente da floricultura Pequena Flor, Bruno Ferreira Rosa, 31, busca outras alternativas para impulsionar as vendas. Além da venda na loja, localizada na região central de Campo Grande, a venda também é feita em dois cemitérios da cidade, o Parque das Palmeiras e Parque das Primaveras. “Estamos esperando boas vendas. Mas, em questão de valor, as flores vieram muito altas esse ano. Vamos para o cemitério vender. O vaso de crisântemo é o campeão de vendas. O preço ainda não dá para saber, porque ele chega em um preço e nós ainda vamos orçar para revenda”, explica Rosa, ressaltando que é esperado um aumento em pelo menos 20% nas vendas.

Segundo o atendente da Rosalândia Floricultura, Rafael Aquino Mendonça, 19 anos, o Dia de Finados ainda demonstra vendas tímidas porque os produtos chegaram no início da semana e não deu tempo de o público avaliar. “O Dia de Finados não é uma data que vende muito, até aumentam as vendas, mas nem tanto.”

O outro lado

O vendedor de flores que atua com a instalação do ponto em frente ao cemitério Santo Antônio há pelo menos 30 anos, Cristóvão Ramon Gonçalves, argumenta que o movimento é favorável. “Vende de tudo um pouco. Tem muita gente que vêm de outras cidades: Miranda, Aquidauana e Terenos. Tem uns que ligam, fazem encomenda de coroas ou de um arranjo diferente. Tem arranjos que duram dois a três anos. A gente fabrica, aí sai mais barato”, esclarece.

Por – Julisandy Ferreira.

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