Apesar das altas registradas no ano passado, o levantamento mensal realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que o mês de janeiro foi de preços ainda maiores. O vilão da vez foi o açúcar refinado, com majoração de 11,46% e preço médio de R$ 2,63 o quilo. Com isso, os consumidores tiveram de desembolsar até 0,37% a mais na compra dos itens básicos, em janeiro, com a cesta custando em média R$ 578,62. A pesquisa indicou ainda que, no acumulado dos últimos 12 meses, o custo da compra dos itens básicos variou 26,34%.
Segundo o Departamento de Estatística, além do açúcar refinado, outros itens também contribuíram para a alta no preço da cesta, entre eles a banana com alta de 4,76%, o tomate (3,35%), a farinha de trigo (1,44%), a manteiga (1,36%) e a carne bovina (0,58%). Entretanto, outros produtos ajudaram a reduzir os impactos econômicos no valor total de alimentos, como por exemplo: a batata, que obteve uma retração de -10,71%, ao registrar um custo médio de R$ 4,25 o quilo. Mesmo assim, a lista dos itens que recuaram em preços é formada por óleo de soja (-3,93%), leite integral (-1,79%), feijão carioquinha (-1,46%), pão francês (-0,87%), café em pó (-0,70%) e arroz agulhinha (-0,20%).
Com isso, o valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas foi de R$ 1.735,86. Para conquistar o montante de dinheiro necessário a jornada estimada de trabalho ficou em 115 horas e 43 minutos, com um impacto no salário-mínimo líquido de 56,87% (redução de 2.77 p.p. em relação a dezembro de 2020).
(Texto: Michelly Perez)
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