Chefe da Petrobras defende lucro e diz que tabelar gasolina não funciona

Em meio à disparada no preço dos combustíveis e com a Petrobras no centro de críticas, inclusive da classe política, o presidente da maior estatal do país, general de Exército da reserva Joaquim Silva e Luna, defendeu sua gestão e negou que a empresa seja a responsável pela alta dos preços. Só neste ano, a Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50%.

Em entrevista exclusiva ao Uol, o general disse que a empresa não vai aceitar intervenção, que o “tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências”, que a busca pelo lucro não deve ser condenada e que a decisão sobre privatizar ou não a empresa cabe ao governo.

A atual política de preços da Petrobras está em vigor desde o governo do presidente Michel Temer, que estabeleceu a chamada política de paridade internacional (PPI), repassando os aumentos dos preços do petróleo no mercado internacional e também do dólar. Só a moeda subiu quase 30% em 2020 e acumula alta de 5% neste ano.

O general está há cinco meses no comando da Petrobras —é o primeiro militar a presidir a estatal desde 1989. Mas está no governo Bolsonaro desde fevereiro de 2019, quando foi nomeado para o comando de Itaipu. Foi esse último posto que o credenciou para a Petrobras. Ele foi alçado ao cargo após o avanço seguido dos preços dos combustíveis e as críticas de Bolsonaro à gestão Roberto Castello Branco.

“É importante entender que a Petrobras não tem nem a capacidade nem a legitimidade para controlar os preços de combustíveis praticados no Brasil”, afirmou, acrescentando que a empresa tem conseguido bons resultados mesmo com a crise econômica.

Uol

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