Cesta básica encarece em todas as capitais; mais de 11% só em Campo Grande

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Foto: Geraldo Bubniak/Agência Estadual de Notícias

Mal o novo ano começou e trouxe de 2021 uma falta de “economia”:  o valor da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza sua pesquisa. No comparativo dos dados, as altas mais expressivas ocorreram em Curitiba (16,3%), Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%)… e na capital de Mato Grosso. Só em Campo Grande, o grupo de alimentos básicos ficou 11,26% mais caro.

Na Cidade Morena, o valor de R$ 641,37 na cesta básica pode até impactar o consumidor, mas não é o mais alto. Em dezembro do ano passado, o maior custo foi em São Paulo (R$ 690,51), seguido de Florianópolis (R$ 689,56) e Porto Alegre (R$ 682,90). Na capital de MS, o tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos foi de pouco mais de 128 horas. Isto significa que o trabalhador que recebe um salário mínimo precisaria de 16 dias de jornada de trabalho (8 horas diárias) para poder arcar com o valor da cesta.

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Compra de mês agora só no próximo – se é que os preços darão uma “trégua”. Foto: Reprodução/Fort Atacadista

Segundo as estimativas do departamento, em dezembro de 2021, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 5.800,98 o que representa 5,27 vezes o atual salário-mínimo, de R$ 1.100.

E por falar em salário mínimo, o Dieese contrapõe que o piso deveria ser de 5,43 vezes o vigente, isto é, valer R$ 5.969,17 para cada brasileiro que o recebe. Atualmente, o valor está em R$ 1.210,44 – conforme aprovação pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Anteriormente, em 2021, o salário era de R$ 1.100.

Nas prateleiras

De acordo com a pesquisa, na maioria das capitais os produtos que mais ganharam aumento nos preços foram a carne bovina de primeira, açúcar, óleo de soja (11,68% só em Campo Grande), pó de café e o tomate. O pão francês “de cada dia” e a manteiga também encareceram consideravelmente, assim como o leite integral longa vida, a farinha de trigo e a mandioca.

Para a “alegria” dos brasileiros, registram queda o arroz agulhinha e o feijão. Ufa!

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