Cesta básica em Campo Grande sobe para R$ 793,02 em junho

Pão, café e leite contribuíram para aumento da cesta básico - Foto: Reprodução
Pão, café e leite contribuíram para aumento da cesta básico - Foto: Reprodução

Alta do tomate, café, pão francês e do leite tiveram influência no aumento

 

Em junho, o consumidor em Campo Grande precisou desembolsar cerca de R$ 793,02 para garantir alimentos da cesta básica no prato. Em comparação com maio, o número representa um aumento de 0,46%. Os dados foram revelados através do levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgados nesta terça-feira (08).

Alimentos que contribuíram com essa alta foram: tomate que ficou 6,54% mais caro em junho, seguido pelo café (3,32%), pão francês (0,80%) e leite de caixinha (0,34%). Com esse novo aumento a capital sul-mato-grossense integra as cinco capitais brasileiras com o valor da cesta básica mais cara em junho: São Paulo (R$882,76), Florianópolis (R$867,83), Rio de Janeiro (R$843,27), Porto Alegre (R$831,37) e Campo Grande (R$ 793,02).

Para comprar alimentos da cesta básica em Campo Grande, o trabalhador compromete parte significativa do seu salário, segundo indica a pesquisa do Dieese. “Para adquirir uma cesta básica em junho de 2025, o trabalhador comprometeu 56,48% do salário mínimo líquido, em função do desconto de 7,5% no valor bruto do salário, que é destinado à Previdência Social. Comparando com o empenho de 56,22% registrado em Maio”, justifica os dados do levantamento.

Na comparação com junho de 2024, quando o salário mínimo líquido era de R$1.306,10,  o comprometimento com gasto da cesta alcançou 57,34%. A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital foi de 114 horas e 56 minutos – aumento em 31 minutos na jornada em comparação ao mês de maio.

Cenário nacional

Custo da cesta básica diminuiu em 11 capitais em junho, e aumentou em outras seis capitais onde o Dieese realiza mensalmente a pesquisa. Entre maio e junho, as quedas mais importantes ocorreram em Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), São Paulo (-1,49%) e Natal (-1,25%). As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (1,50%) e Florianópolis (1,04%).

“No acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e junho de 2025, todas as cidades pesquisadas apresentaram alta nos preços da cesta, com taxas que oscilaram entre 0,58%, em Aracaju, e 9,10%, em Fortaleza”, diz o estudo.

Ainda conforme o Dieese,  o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.416,07 ou 4,89 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00 – o calculo leva em consideração o preços da cesta básica mai9s cara do país (São Paulo).

Comportamento dos produtos 

O preço do quilo da batata diminuiu em todas as cidades do Centro-Sul, as quedas variaram entre -12,62%, em Belo Horizonte, e -0,51%, em Porto Alegre. O preço do arroz agulhinha apresentou redução em todas as 17 cidades mapeadas pelo Dieese, com variações entre -9,52%, em Belém, e -0,82%, em Aracaju. O preço do óleo de soja caiu em 13 das 17 cidades pesquisadas, entre maio e junho.

O preço do café em pó caiu em nove das 17 capitais, com destaque para Curitiba (-3,94%), Aracaju (-3,82%) e Vitória (-3,53%). Em outras oito capitais, foram registrados aumentos, que oscilaram entre 0,04%, em Belém, e 3,32%, em Campo Grande. O preço da carne bovina de primeira foi menor em 10 cidades, com variações entre -2,83%, em Belém, e -0,27%, em Belo Horizonte.

O preço do tomate aumentou em 10 capitais entre maio e junho, com variações entre 0,29%, no Rio de Janeiro, e 16,90%, em Porto Alegre. Em outras sete cidades, o preço caiu, com destaque para Aracaju (-21,43%). O aumento nas cotações resultou da reduzida disponibilidade de tomate, ocasionada pelo frio, pois a maturação dos frutos foi retardada devido às geadas.

 

Por Suzi Jarde

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