Cesta básica de Campo Grande teve maior aumento de preço em outubro

Cesta básicas expostas
em box do Mercadão
Municipal de Campo
Grande - Foto: Nilson Figueiredo/arquivo
Cesta básicas expostas em box do Mercadão Municipal de Campo Grande - Foto: Nilson Figueiredo/arquivo

Após mais um mês de aumento, desta vez a Capital registrou o maior preço da cesta básica no âmbito nacional. A pesquisa mensal realizada pela Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) analisa que de setembro a outubro de 2024, as cidades que registraram os maiores preços de produtos que correspondem a lista foram Campo Grande (5,10%), Brasília (4,18%), Fortaleza (4,13%), Belo Horizonte (4,09%), Curitiba (4,03%) e Natal (4,01%).

Além disso, a Capital apresentou o maior variação de preços entre as comparações dos valores da cesta, entre o período de 12 meses, marcando uma média de 9,97%. Fora o município, outras 12 cidades apresentaram aumento dos alimentos básicos, sendo elas: Brasília (9,77%), Goiânia (9,32%) e São Paulo (9,17%). Entre as cinco localidades com retração nos preços, destacam-se Recife (-1,60%) e Fortaleza (-1,17%).

Em relação aos produtos e seus preços, um dos principais ingredientes em qualquer salada brasileira é o tomate, que de acordo com a pesquisa, teve o maior aumento de preço em Campo Grande, acumulando ao todo uma alta de 17,21%. Outro item indispensável é a carne bovina, que também sofreu um crescimento nos preços de 8,62%, colocando Campo Grande como a segunda cidade com os maiores valores para esse tipo de carne.

Em Outubro, o leite de caixinha teve uma leve redução de preços (-0,32%), devido à alta demanda que continua forte. No mesmo mês, algumas marcas de farinha de trigo registraram um aumento de 3,25% na capital. Entretanto, ao longo dos últimos 12 meses, o valor do cereal apresentou uma diminuição de (-4,65%), enquanto seu derivado não sofreu a mesma tendência, visto que o pão francês teve uma variação positiva de (2,69%). No mês passado, porém, observou-se uma pequena queda de (-0,36%).

Com a elevação das temperaturas, o preço da banana subiu 5,53%, destacando-se como o maior aumento entre as capitais analisadas mensalmente. Nos últimos cinco meses, essa elevação fez com que o acumulado em 12 meses chegasse a 19,77%. Já na oferta de grãos, o feijão carioquinha apresentou um aumento de 3,35%, interrompendo a tendência de queda nos preços, o mesmo ocorrendo com o açúcar cristal, que subiu 1,04%. Além da banana e dos grãos, os outros produtos que fecham a lista com os maiores aumentos foram: Café em pó (4,65%), óleo de soja (4,20%) e batata (1,69%).

Preços nas outras 16 capitais

Nacionalmente, a pesquisa aponta que durante o mês de outubro deste ano, o tempo necessário para comprar os produtos da cesta básica foi de 105 horas e 14 minutos, cerca de 3 horas amais do que em setembro, quando ficou registrado em 102 horas e 14 minutos. Em outubro de 2023, o tempo média necessário para adquirir os produtos tinha sido de 107 horas e 17 minutos.

Já em relação aos preços por conjunto dos alimentos básicos São Paulo foi a capital oque apresentou o maior custo (R$ 805,84), seguida por Florianópolis (R$ 796,94), Porto Alegre (R$ 774,32) e Rio de Janeiro (R$ 773,70). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram verificados em Aracaju (R$ 519,31), Recife (R$ 548,19) e Salvador (R$ 560,65).

Por João Buchara

 

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