Cesta básica de Campo Grande aumenta 27,08% em 12 meses

Óleo de soja, arroz, tomate e carne bovina estão entre vilões do mês

O ano de 2020 trouxe algumas mudanças, até mesmo nos preços de alguns produtos da cesta básica, foi o que revelou o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em 12 meses, o conjunto de alimentos em Campo Grande ficou 27,08% mais caro, tendência esta que também foi registrada no mês de outubro com 5,54%. Valor este considerado o terceiro maior incremento nacional, ficando atrás apenas dos estados de Brasília (10,03%) e São Paulo (5,77%). Com isso, o custo médio dos alimentos chegou aos R$ 520,12, motivado principalmente pelo preço do óleo de soja, que pelo terceiro mês consecutivo foi o vilão da cesta, com variação de 20,75% e preço médio de R$ 6,74. 

Segundo o Departamento, a lista dos “vilões” do consumidor ficou por conta da participação dos seguintes itens: arroz (18,91%), tomate (18,67%), carne bovina (8,28%), batata (7,78%), manteiga (2,48%), café em pó (2,44%), pão francês (2,07%), banana (1,31%). Único produto que conseguiu manter os preços em estabilidade foi o açúcar cristal, permanecendo assim com o mesmo valor médio observado no mês de setembro: R$ 2,19 o quilo.

Para a economista e supervisora técnica do Dieese em MS, Andreia Ferreira, mesmo com as interferências climáticas, o fator que mais tem definido essa elevação é o dólar. Mas destaca que, no caso do arroz e do feijão, com a redução da área plantada, o encarecimento já era esperado, mesmo que em menor quantidade.

“O clima tem a sua parte de culpa, mas com certeza o dólar foi o que mais influenciou. Enquanto ele estiver mais valorizado que o real, os produtores vão continuar preferindo encaminhar a produção para os portos, pois assim, mesmo com a exportação em menor quantidade, o dólar possibilita um retorno financeiro muito bom. Também temos, nas culturas de arroz e feijão uma diminuição da área plantada, que já colocava uma expectativa de alta, com a consequente redução da oferta”, explicou. 

(Confira mais na página A7 da versão digital do jornal O Estado)

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