Carne bovina fica mais cara para consumidor

O preço médio da carne bovina ficou 23,39% mais caro em um ano. Fatores como a estiagem, a redução da oferta e a valorização na arroba influenciaram no aumento de preços.

Conforme informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média de preços de cortes bovinos (patinho, coxão duro e coxão mole) foi de R$ 20,56 de janeiro a julho de 2019. No mesmo período neste ano, a média foi de R$ 25,37.

Segundo a supervisora técnica do Dieese, Andreia Ferreira, o preço médio dos cortes pesquisados variou entre R$ 25 e R$ 26 de janeiro a julho, em 2020.

“Para este ano, especialmente, a alta do dólar foi o que compensou as restrições com a exportação. Em função da pandemia, a disponibilidade fica mais restrita aqui e com os preços altos para o mercado interno o consumidor precisou procurar outras opções. Embora o preço das aves também tenha subido, assim como o da carne suína, o aumento foi inferior ao da carne bovina”, explicou.

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG), Alessandro Coelho, destaca que o consumidor não parou de comprar, mas as indústrias frigoríficas não têm estoque para abastecer o mercado interno, por isso os preços das carnes aumentaram para o consumidor.

“As indústrias e os mercados acreditavam que haveria uma redução muito drástica no consumo, mas essa redução não aconteceu, então os estoques desapareceram. Estamos conversando com as indústrias para que mantenham esses preços para o mercado interno”, disse.

“Esperamos que não reflita para o consumidor, tendo em vista que a alta do dólar foi bem significativa e o aumento das exportações também, o que compensaria essa margem da indústria. Se você olhar, a indústria vai muito bem, o Marfrig, por exemplo, teve uma das maiores altas na Bolsa de Valores”, contextualizou.

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(Texto: com informações da assessoria)

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