Mesmo em ano de pandemia, Campo Grande conseguiu garantir investimentos de R$ 167 milhões em 49 projetos de empresas aprovados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Grande (Codecon) no ano passado. Os projetos aprovados garantiram a geração de mais de mil vagas na Capital. Neste ano, o foco da Prefeitura de Campo Grande é democratizar e incentivar os investimentos socioeconômicos na Capital com a modernização do Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande (Prodes).
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedesc), ainda não é possível prever o valor de investimentos ou geração de empregos, pois isso depende das empresas que pretendem se instalar em Campo Grande ou ampliar atuação, no caso de empresas já existentes. O mesmo se aplica ao número de empregos gerados.
No entanto, a nova Lei do Prodes prevê maior atração de empresas com abertura de espaço para as que já existem em Campo Grande. Além disso, segundo o secretário de Finanças, Pedro Pedrossina Neto, a ideia é desburocratizar o acesso aos benefícios e apoiar do pequeno ao grande empresário.
Outra novidade será a criação de um novo Distrito Industrial que atenderá pelo menos 40 indústrias de pequeno e médio portes. Com 30 hectares, a área reservada para o empreendimento contém infraestrutura necessária para o funcionamento do espaço industrial, que será assistido por sistema viário, água, energia elétrica, iluminação pública, transporte público e saneamento.
O projeto de criação e implantação do Distrito Industrial é desenvolvido pela Prefeitura de Campo Grande, por meio do Grupo Especial de Trabalho (GET) ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedesc). O objetivo é atrair empreendimentos, ampliar a oferta de emprego e aumentar a renda da população campo-grandense. O texto já foi encaminhado à Câmara Municipal para análise dos vereadores desde o ano passado e está na lista de prioridades neste ano.
Com a reformulação do Prodes será possível democratizar o incentivo fiscal. As mudanças ampliarão o incentivo, que não beneficiará apenas indústrias que vêm de fora e grandes empresários. A ideia é garantir incentivo também ao comércio e aos serviços, para o pequeno, médio e grande empresário. Com a aprovação da lei, o novo Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande terá efeito automático, reduzindo burocracia e simplificando o processo para concessão de benefícios no prazo de cinco anos.
Com a reformulação será instalado na Capital um novo Polo de Tecnologia e Inovação com um amplo espaço para pesquisas e estudos, aberto permanentemente à comunidade. As quatro incubadoras municipais serão modernizadas e reestruturadas.
(Texto: Izabela Cavalcanti)