Campo-grandense volta a pagar em média R$ 10 a dúzia do ovo de galinha

Preço dos ovos tem expectativa de permancer sem tendência de alta expressiva - Foto: Nilson Figueiredo
Preço dos ovos tem expectativa de permancer sem tendência de alta expressiva - Foto: Nilson Figueiredo

Pesquisa aponta, queda nos preços após atingir pico de consumo na Quaresma

O preço do ovo de galinha subiu cerca de 28,6% em Campo Grande, no início deste ano. Segundo o  IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Capital ficou entre as cinco cidades do Brasil onde o preço da proteína estava nas alturas. Dados da pesquisa de preço do jornal O Estado, feita semanalmente em seis supermercados, apontam que a proteína começa a ficar mais em conta para o consumidor. Custando em média R$ 10 a cartela com 12 ovos.

Dentre os estabelecimentos visitados nessa sexta-feira (4), os preços variam entre R$ 7,99 e R$10,00, com variação na casa dos 25% Em março deste ano, às vésperas do período de Quaresma onde a busca pela proteína registra maior demanda, a dúzia chegou a ser comercializada por R$ 13,98, já a cartela com 20 unidades custava em torno de R$ 30,00.

Outro alimento que registrou queda nos preços na atual pesquisa foi o pacote de arroz (Tio Lautério) com 5 kg. O alimento pode ser adquirido pelo preço de R$ 15,98, mas se o consumidor não se atentar pode acabar pagando R$ 22,90, ou seja, 43,30% mais caro no mesmo item. Nesta semana, os preços do feijão de 1kg oscilaram entre R$ 4,98 e R$ 5,95.

O açúcar refinado (União) de 1kg custa em média R$ 6,05, o preço mínimo encontrado pela reportagem foi de R$ 4,99 frente ao valor máximo de R$ 7,39. A variação calculada ficou em 48,10% entre os estabelecimentos. Por outro lado, o consumidor na Capital tem pagado um preço alto na compra do achocolatado (Nescau), nesta semana o produto chegou a ser vendido por R$ 13,99, o preço mais em conta encontrado era de R$8,99 (Toddy).

O leite de caixinha, consumido muitas vezes com o achocolatado, é vendido em torno de R$ 5,39. A bebida é vendida entre R$ 4,99 e R$ 5,89, resultando em uma variação de 18% entre os comércios.

Na seção do açougue nos supermercados, o quilo do frango é vendido por R$ 12 em média. O preço mais em conta localizado foi de R$ 9,98,  45% mais barato em comparação aos R$14,49/ quilo preço de comércio em outra unidade. Mesmo com a variação no preço do frango, a carne bovina ainda segue desafiando o bolso do consumidor, custando entre R$ 37,90 e 49,90.

Higiene e limpeza

Na seção de produtos de higiene, o papel higiênico (Neve) com 12 rolos consome em torno de R$ 24,69 do orçamento do consumidor destinado às compras de supermercado. Segundo a pesquisa do jornal, os preços encontrados variaram de R$ 29,69 (preço máximo) à R$ 26,30 (preço mínimo). A diferença de preço entre os estabelecimentos foi de 12,88%. Na lista de compras desta seção, o creme dental é repassado por R$ 5,49, em média, a pesquisa levou em consideração a marca Colgate .

O sabão em pó (Omo) de 1,6kg ainda não sinalizou que vai dar um alívio para o bolso. O item chegou a custar R$ 28,59 nesta semana, o preço mais em conta localizado foi de R$ 18,90. Enquanto o sabão em barras (Ypê) custa em torno de R$ 10. E o detergente de 500 ml (Ypê) é comercializado entre R$ 2,09 e R$ 2,55.

O preço do ovo vai continuar em queda?
Para a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o comportamento dos preços ainda pode ser afetado por custos de insumos, como embalagens e lisina —aminoácido usado na ração das galinhas. “No curto prazo, não se esperam mudanças significativas nos patamares de preços”, afirma a associação.

“A expectativa é que os valores sigam firmes, sem tendência de altas muito expressivas”, diz Claudia Scarpelin, pesquisadora da área de ovos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo).

Sobre a gripe aviária, a pesquisadora observa que, no cenário atual, a doença não deve causar quedas nem altas nos preços. “A produção de ovos ainda não foi fortemente afetada por causa disso. Em maio, por exemplo, as exportações tiveram recorde”, afirma.

 

Por Suzi Jarde

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