Brasil vê pouco impacto em reabertura da China ao frango

A decisão da China de suspender a proibição de quase cinco anos a importações de carne de frango dos Estados Unidos terá impacto pouco relevante para a indústria do Brasil. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que está à frente da indústria do maior exportador global de carne de frango, recebeu com “tranquilidade” a notícia.

O plano para suspender a proibição ao produto norte-americano foi anunciado pelo Ministério do Comércio da China no final de outubro, mas a publicação no site da administração aduaneira é um reconhecimento formal da reabertura do comércio, após uma escassez sem precedentes de proteínas, depois da epidemia de peste suína africana matar milhões de porcos no país, maior consumidor global de carne suína.

“A abertura do mercado para a carne de frango dos EUA deve contribuir para a diminuição da grande lacuna na oferta de proteína animal na China com a recente crise sanitária…”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em nota à Reuters.

“Em alguns produtos, como asa de frango, a demanda norte-americana dificulta a exportação”, acrescentou Turra. Desde janeiro deste ano, a China assumiu a liderança entre os principais destinos das exportações da avicultura e da suinocultura do Brasil.

Entre janeiro e outubro, o país asiático importou 444,7 mil toneladas de carne de frango do Brasil (+22% em relação ao mesmo período do ano passado), segundo dados da ABPA. Do total exportado pelos brasileiros no ano, a China ficou com 13,3%.

O aval para a retomada do comércio acontece depois de o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos EUA alterar o Registro Federal na semana passada para aprovar as importações de produtos derivados de aves abatidas na China. (João Fernandes com Agro Link)

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