Nesta segunda-feira (2), o Banco Central divulgou seu IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de fevereiro, registrando aumento de 0,34%. Esse resultado representa uma melhora, se comparado a janeiro que registrou queda. Esse índice é conhecido como uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país com o objetivo de medir a evolução da economia.

Se comparado a fevereiro do ano passado, o indicador registrou crescimento de 0,66%. Com essa alta, o índice do BC atingiu 139,30 pontos, maior desde dezembro de 2021, com 139,85 pontos.  No acumulado do primeiro bimestre de 2022, o nível de atividade da economia brasileira registrou 0,44% (sem ajuste sazonal), enquanto no acumulado de 12 meses até fevereiro o crescimento foi de 4,83%.

Nível de atividade

Outro indicador divulgado foi o de nível de atividade, em meio a desaceleração da economia por conta da alta inflação e taxa básica de juros, e da guerra na Ucrânia, que gera grande impacto no crescimento mundial. Neste ano, a estimativa é de alta de 0,65%, desaceleração em relação aos 4,6% de 2021.

Na projeção do Ministério da Economia, divulgado em março, a expectativa é de crescimento de 1,5% em 2022.

Diferença entre PIB e IBC-Br

O IBC-Br, é um indicador que tem o objetivo de antecipar o resultado do PIB, embora os resultados nem sempre se aproximem. O indicador do Banco Central agrega as estimativas para agropecuária, indústria e setor de serviços, junto aos impostos, mas não considera a demanda como é feito no cálculo do PIB do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Banco Central também usa o IBC-Br para definir a taxa básica de juros do Brasil, que em março atingiu 11,75% ao ano, maior em cinco anos. Para os próximos meses a taxa deve subir atingindo 13,25% até o final do ano.