Agosto teve crescimento de 30,2% na produção de motos PIM (Polo Industrial de Manaus) em relação a julho. Ao todo foram 123.722 unidades. No mês anterior foram produzidas 95.025 unidades. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) divulgados nesta terça -feira (14).
A produção só perdeu para a de março, quando saíram das linhas de montagem 125.556 motocicletas. De acordo com os dados, no acumulado do ano foram fabricadas 787.610 motocicletas, alta de 33,8% na comparação com o mesmo período de 2020 (588.495 unidades). A entidade aponta que esse é o melhor resultado para os oito primeiros meses do ano, desde 2015 quando a produção totalizou 913.972 motocicletas.
“Os números comprovam a retomada do setor e o esforço para atender os consumidores. As fabricantes trabalham para atender a demanda do mercado, que segue em alta, especialmente por modelos de entrada e de baixa cilindrada, muito utilizados como instrumentos de trabalho e transporte de baixo custo”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.
reação
Fermanian ainda apontou que é uma reação do setor. “A motocicleta é mais barata, tem baixo custo de manutenção e permite deslocamentos mais rápidos na comparação com os carros. Aliado a isso, a alta dos combustíveis está levando muitas pessoas a preferirem o guidão. Estamos atentos, pois a alta dos juros, o aumento da inflação e a explosão dos preços também poderão afetar o setor”, afirmou.
Houve ainda a confirmação de um previsão sobre o licenciamento em agosto que chegou a 102.463 motocicletas, correspondendo a uma queda de 9,0% na comparação com julho (112.538 unidades). Os números esperados foram baseados nas férias coletivas de julho.
Já em comparação com agosto de 2020, houve aumento, quando foram emplacadas 95.961 motocicletas, houve alta de 6,8%. De janeiro a agosto, foram emplacadas 732.155 motocicletas, representando aumento 37,8% na comparação com as 531.250 registradas no mesmo período de 2020.
vendas
A média diária de vendas em agosto, de acordo com os dados, que teve 22 dias úteis, foi de 4.657 motocicletas, 9% inferior ao do mês anterior, que contou com o mesmo número de dias úteis (5.115 unidades por dia). Comparando com o mesmo mês de 2020, que também teve 22 dias úteis, houve alta de 6,8% (4.362 motocicletas por dia).
A mais vendida, com 50.392 unidades, foi a Street. Esse volume corresponde a 49,2% do total do mercado. Já a Trail (20.207 unidades e 19,7% do mercado), vem na sequência seguida pela Motoneta (14.073 unidades e 13,7%).
Para fora do país houve queda de 7% em agosto, com o embarque de 5.607 unidades ante as 6.026 de julho. Porém, na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 8,5% (5.167 unidades). O principal mercado comprador foi dos Estados Unidos com 1.924 motocicletas e 29,7% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (1.876 unidades e 29% do volume exportado), seguida pela Colômbia (1.512 motocicletas e 23,4%).
De janeiro a agosto, as exportações somaram 37.893 unidades, alta de 88% na comparação com o mesmo período de 2020 (20.157 motocicletas), sendo o principal destino a Argentina, que recebeu 11.321 motocicletas, o que corresponde a 29,6% das exportações. Na sequência vieram a Colômbia (8.551 unidades e 22,3% do total exportado) e os Estados Unidos (8.494 motocicletas e 22,2%).