Desde a retomada gradual das atividades, no dia 8 de abril, o Camelódromo de Campo Grande sofre com vendas 30% menores e 15 boxes fechados. A situação é semelhante na Feira Central, que mesmo com o retorno do funcionamento relata fechamento de 40% dos estabelecimentos e lamenta que parte não tem perspectivas de reabrir.
Após permanecer fechado por 17 dias, o Centro Comercial Popular Marcelo Barbosa Fonseca, conhecido popularmente como “Camelódromo”, voltou a funcionar logo após implantar plano de contingenciamento aprovado pelo Comitê Municipal de Enfrentamento do COVID-19.
O projeto instituiu um sistema de rodízio de funcionamento diário, no qual apenas 140 dos 473 boxes funcionam simultaneamente. A primeira medida previa a entrada limitada a 30 clientes por vez. Com a alteração publicada no dia 8 de maio, a capacidade foi incrementada.
O local precisa garantir o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os clientes e o funcionamento de 43 climatizadores, assim como redobrar os cuidados com a limpeza. Para o presidente da AVA (Associação dos Vendedores Ambulantes), Narciso Soares dos Santos, os prejuízos consolidados com o fechamento por 17 dias fizeram com que muitos empresários se endividassem e hoje precisem conciliar o pagamento de tais despesas com a redução de 30% das vendas.
“Estamos em uma luta constante. O movimento caiu e o período fechado causou um endividamento dos empresários. Isso nos preocupa, já que ainda temos uma média de 15 boxes fechados. Em muitos deles, os empresários tiraram as suas mercadorias e ainda não retornaram. A queda no movimento é normal, tivemos uma redução de uns 30% nas vendas”, lamentou.
O lado positivo e que tende a auxiliar nas comercializações, segundo Narciso, é que os consumidores que pelo Camelódromo passam atualmente estão conscientes de que o cenário, assim como o estilo de vendas, mudou. “Hoje a conscientização é quase geral. Ainda estamos no plano de segurança e não podemos trabalhar com 100% da nossa capacidade, mas só pelo fato de poder retomar algumas vendas e trabalhar já significa muito”, pontuou.
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(Texto: Michelly Perez/ publicado no site por Karine Alencar)