Vírus causa 1ª morte por febre hemorrágica em 20 anos no Brasil

Um homem de 52 anos morreu vítima de febre hemorrágica, em Sorocaba, São Paulo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (20). Esta é a primeira vez em 20 anos que a doença, considerada rara e letal, é registrada no país. De acordo com a pasta, ele contraiu um novo vírus do gênero Mammarenavírus, da família Arenaviridae, de espécie ainda indefinida e semelhante à Sabiá.
O homem morreu no dia 11 de janeiro de 2020, 12 dias após ficar doente. A origem da contaminação do paciente ainda não foi confirmada. “O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados”, informou, em nota, o Ministério da Saúde.

A pasta informou que a contaminação do homem, que não teve o nome divulgado, foi causada por aerovírus. A vítima começou a sentir os sintomas no dia 30 de dezembro de 2019 e ficou internado foi o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

A princípio, foram realizados exames para identificação de doenças como febre amarela, hepatites virais, leptospirose, dengue e zika. No entanto, todos os resultados foram negativos.

Os funcionários dos hospitais por onde o paciente passou estão sendo monitorados, e avaliados, assim como os familiares da vítima. O Ministério da Saúde também irá realizar uma busca ativa de pessoas que tiveram contato com o homem para investigação ambiental.
O período de incubação da doença é longo (em média de 7 a 21 dias) e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz. Com a evolução da doença pode haver comprometimento neurológico, como sonolência, confusão mental, alteração de comportamento e convulsão. (João Fernandes com Correio Braziliense)

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