Vacinação em SP dá fôlego aos profissionais de educação de MS

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Reprodução/Prefeitura de Guarulhos

Fetems e SED devem se reunir nesta semana e tratar de inclusão dos professores

Com a vacinação dos servidores das forças de segurança e salvamento, a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) espera que os profissionais da educação sejam os próximos contemplados com a imunização contra a COVID-19. Isso porque a cidade de São Paulo já iniciou esta etapa no último dia 10, o que dá mais expectativas para os profissionais de MS.

Uma nova reunião com a SED (Secretaria de Estado de Educação) está marcada para esta semana, de acordo com o presidente da Fetems, Jaime Teixeira. O professor ponderou que, da mesma forma que São Paulo começou a vacinar a segurança pública e em seguida os professores, a expectativa é de que o Estado siga a mesma estratégia. A imunização dos profissionais de educação está em discussão desde o mês de fevereiro em MS. A estimativa é de que 80 mil professores da REE (Rede Estadual de Ensino), de escolas privadas e municipais, sejam vacinados contra o coronavírus.

Em entrevista ao jornal O Estado, Teixeira salientou que não há como voltar às escolas sem a garantia de imunidade contra a COVID19. “Não podemos voltar [às aulas presenciais] em um momento como esse em que a pandemia está em um pico muito alto de contaminação e disseminação do vírus”, reiterou.

O presidente da Fetems frisou que a formalização do pedido de celeridade na imunização dos profissionais da educação também contempla o setor privado de ensino.

Inclusão do PNI

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, não há estimativa sobre quando os professores e demais profissionais da educação serão vacinados contra a COVID-19. “Nós estamos aguardando a posição do PNI [Plano Nacional de Imunização] e enquanto eles não liberarem [novos grupos prioritários], nós vamos seguir à risca o que está preconizado”, salientou.

Resende, que é favorável à vacinação desse grupo, pontuou que as aulas presenciais precisam voltar o mais cedo possível. No entanto, isso só deve acontecer quando houver uma cobertura vacinal significativa na categoria. “Poderemos retomar as aulas quando tivermos cerca de 70% dos professores, bem como os demais setores administrativos e das cozinhas vacinados”, disse.

O secretário salientou ainda que, sem a volta presencial dos estudantes, a evasão escolar que já é preocupante, será potencializada. “A educação reflete a disparidade social que nós vivemos e há um grande quantitativo de famílias que não possuem os recursos necessários para o ensino remoto”, frisou Resende.

(Texto: Mariana Moreira)

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