Tempo seco e imprudência aumentam os riscos de queimadas urbanas

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O tempo seco e as altas temperaturas aumentam os riscos de focos de incêndio. Os ambientes florestais são os mais propícios, pois a vegetação seca e a baixa umidade do ar facilitam a propagação das chamas. Porém, durante esta época do ano, também são frequentes as ações do Corpo de Bombeiros para conter queimadas urbanas. 

De acordo com levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros Militar, nos primeiros seis meses de 2021, de 1º de janeiro a 30 de junho, as equipes se deslocaram para atender 1.665 ocorrências de incêndios urbanos em Campo Grande.

Durante o último fim de semana três ocorrências de incêndios em áreas urbanas chamaram a atenção e mobilizaram as equipes. Em duas dessas ocorrências foram utilizados 34 mil litros de água para controlar as chamas. 

No Carandá Bosque, os bombeiros precisaram utilizar 27 mil litros de água para controlar as chamas que começaram em uma vegetação e atingiram uma residência. As chamas foram tão fortes que as paredes da casa acabaram caindo. Foram necessárias cinco viaturas para atender a ocorrência. A proprietária do imóvel precisou ser encaminhada para uma unidade de saúde.

O fogo inicialmente colocado em um terreno baldio acabou se alastrando e destruiu completamente uma casa de madeira e uma motocicleta no bairro Buriti. Duas viaturas e mais de 7 mil litros de água foram necessários para controlar a queimada. 

No último domingo (25), uma Kombi estacionada em uma residência no bairro Los Angeles foi incendiada. As chamas foram tão altas que atingiram o telhado da casa. Três viaturas foram mobilizadas e o incêndio foi controlado antes de se alastrar para outros imóveis. 

Ao mesmo tempo em que Campo Grande sofre com as queimadas, os baixos índices de umidade relativa do ar prejudicam ainda mais a saúde da população. Nesta semana, a Capital sofreu com uma das menores taxas de umidade relativa do ar do país.

Investimentos reduzem incêndios no Pantanal

A incidência de focos de calor no Pantanal de Corumbá, município com maior porção do bioma, reduziu-se 81% de janeiro a julho de 2021 em relação aos últimos cinco anos, informou o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Tudo isso graças aos investimentos realizados pelo governo do Estado na compra de equipamentos, às ações preventivas envolvendo as propriedades e à capacitação das equipes de combate.

No Pantanal de Corumbá, mais de 40 fazendas sediaram o treinamento dos trabalhadores rurais para a formação de brigadas, realizado por duas guarnições do Corpo de Bombeiros. O sindicato rural do município estima que mais de 150 peões foram capacitados com aulas teóricas e práticas de campo, entre maio e julho, incluindo também noções de primeiros socorros. O governador Reinaldo Azambuja destacou o trabalho realizado pelas equipes diuturnamente.

“O resultado desse treinamento foi imediato e surpreendente, atingiu centenas de trabalhadores e muitos já atuaram na frente do fogo, na união das fazendas, não esperando a chegada dos bombeiros em áreas onde o acesso terrestre não é possível”, comemorou.

(Jhefferson Gamarra)

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