Temor de “lei seca” lota supermercados na Capital

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Outra polêmica existente com o anúncio de novas restrições é a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas. No decreto do governo do Estado, há um ponto que classifica tais atividades como não essenciais. Com a possibilidade de aplicação da “lei seca” por 14 dias, muitas pessoas ficaram receosas de não poder comprar bebidas para o fim de semana e foram aos supermercados garantir o produto.

”Eu vim comprar cerveja por causa do decreto. Parece que vai haver ‘lei seca’ por 14 dias, então a gente antecipa para não ficar sem a cervejinha no fim de semana, não que haverá aglomeração. É para o próprio consumo mesmo”, diz José de Souza, técnico de infraestrutura, que estava junto com a esposa num
hipermercado da Capital reservando suas bebidas alcoólicas.

Rita Santos, autônoma e esposa de José, comenta que ficou sabendo da notícia por mensagens de aplicativo de conversas. “A gente ficou sabendo através de uma notícia publicada num grupo de mensagens, que falava sobre a possível proibição de bebidas alcoólicas e fechamento das gôndolas. Estávamos em casa quando falei para meu marido corrermos ao mercado e comprar as bebidas.”

Outra cliente do estabelecimento, que não quis se identificar, disse que, após receber a informação, teve de sair do serviço para adquirir suas latas de cerveja e vodca. “Eu vi num jornal que haveria ‘lei seca’ e resolvi armazenar porque depois, nos fins de semana, a gente não pode sair de casa. Então, a gente tem que tomar cerveja pelo menos, pois não tem nada para fazer. Comprei três caixas de cerveja e um litro de vodka, que têm de durar por duas semanas”, relatou.

Conforme questionado pelo presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Veratti, há um equívoco de interpretação sobre a “lei seca”, de vez que o decreto não restringe a comercialização desses itens em supermercados.

“No decreto não fala em supermercado proibir de vender bebida alcoólica. No documento, há restrição sobre o comércio de bebidas alcoólicas. E os supermercados não são esse tipo de comércio. Num mercado, por exemplo, um dos 10 mil itens que se vendem é a bebida. Não é apenasisso que se comercializa”, explicou Veratti.

(Texto: Felipe Ribeiro)

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