Simone Tebet pede CPI da COVID no Senado; Soraya pede cautela

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Senadoras do Estado se dividem na questão de abertura de uma Comissão de inquérito

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) emitiu sexta-feira (19) carta aberta questionando medidas de enfrentamento ao coronavírus, por parte do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). “Faltam leitos, falta oxigênio, falta caixão, faltam remédios para a dor”. Com estas palavras, a senadora manifesta sua preocupação com o colapso que passa a área da saúde e chega a outros setores, inclusive de serviços funerários e sepultamentos.

Audiências públicas já foram realizadas, existe uma Comissão de acompanhamento da COVID no Senado que, na visão da senadora, são importantes, mas não são instrumentos suficientes para solucionar o problema de falta de leitos, mais vacinas e medidas governamentais. “De pouco adianta apenas acompanhar quem navega à deriva. É preciso, urgente, uma mudança de rumos”, frisa.

Simone Tebet lembra que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) está elaborando moção de apelo por ajuda internacional, mas, do mesmo, também insuficiente.

A “CPI da Pandemia” surge no horizonte do momento como um instrumento de pressão, para que o Governo aja com rapidez, coordenação e vontade.

A senadora ainda faz um apelo para que o presidente Jair Bolsonaro se dirija à nação e demonstre diante de todos os brasileiros, plena consciência sobre a gravidade da situação e apresente, junto com o ministério da Saúde, um plano nacional de execução urgente para enfrentamento à pandemia.

Com a morte do senador Major Olímpio (PSL), por COVID-19, no dia 18, a pressão por abertura da CPI da COVID ganhou força no senado. O parlamentar fez um discurso inflamado antes de ser internado defendo a abertura de uma CPI.

Cautela

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), diz que o País vive uma onda cinza, no que diz respeito ao número de mortes e contaminados, mas acredita que é preciso cautela, neste momento, para decisão da abertura de uma CPI da COVID. Ela defende que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga nem tomou posse ainda. “Já fizemos um convite formal para que ele participe de uma espécie de sabatina, via remota, com os senadores para explicar quais são suas ideias para frear a disseminação do coronavírus”.

A parlamentar diz que todos querem uma solução para o País, ninguém quer mais problemas. Com a interação com os senadores, inclusive para que o Senado demonstre todas as suas dúvidas, insatisfações e sugestões, o interesse por uma CPI pode cessar. Soraya Thronicke trabalha para que não ocorra, com justificativa que prazos para que Queiroga mostre serviço.

(Texto: Eliane Ferreira)

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