Shih-Tzu foi a raça que mais acumulou registros desde 2009

Por meio de registro genealógico de cães de raça pura, com os dados do Sistema CBKC/FCI, da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) – única instituição nacional federada à maior comunidade canina do globo, a Fédération Cynologique Internacionale (FCI) – o Shih-Tzu conquistou o primeiro lugar como cachorro mais popular da década.

Desde 2009 muito se evoluiu no mercado pet, com o setor faturando R$34,4 bilhões no ano passado. Através dessa lista, baseada em métricas de registro de pedigrees (com números não totais em nível de Brasil, por existirem outros sistemas nacionais), elegeu-se o Shih-Tzu, de porte pequeno e temperamento dócil como o cão mais popular dos últimos dez anos, mesmo ele não aparecendo no Top 3 desde 2015.

De acordo com o ranking, os números de registro fecharam a década com as seguintes colocações:

1° Shih-Tzu (185.538)

2° Buldogue Francês (113. 039)

3° Yorkshire Terrier (71.702)

4° Spitz Alemão/Lulu da Pomerânia (49.190)

5° Maltês (19.455)

6° Pug (11.265).

Dominando o ranking desde o começo das medições, quando em 2009 já aparecia com 14.530 registros, o Shih-Tzu viu a concorrência acirrar com o Yorkshire Terrier, que até o ano de 2015 manteve a segunda colocação. Frente à abundante pelagem do Shih-Tzu – longa e lisa que cobre todo o corpo, incluindo orelhas e olhos (um charme inegável) –, o simpático cãozinho da Grã-Bretanha viu seu lugar ser tomado em 2014, quando o Bulldog Francês saltou da terceira para a segunda colocação no Ranking.

Não sendo novidade na tabela, ainda em 2012 o Bulldog Francês atingiu sete mil e noventa e cinco registros. Mantendo a segunda colocação por dois anos consecutivos, a coroa anual foi tirada do Shih-Tzu em 2016, quando o bulldog passou de seus pouco mais de 17 mil registros para 22.524 em um ano.

Historicamente a popularidade do Shih-Tzu se justifica pela raça ser uma das 14 mais antigas do mundo, sendo retratado em pinturas, artes e escritos da Dinastia Tang, da China. Siginificando Cães Leão, ainda no século 18 D.c, Marco Polo mantinha diversos desses pequenos juntos de seus leões – de fato – para deixá-los mais calmos.

Ainda há menções desses pequenos, de olhos grandes e expressivos desde 1368. Considerado sagrados no Tibete, outra aparição famosa e marcante da raça foi o casal Shih-Tzus dados por Dalai Lama em presente à Imperatriz Cixi (1861 – 1908).

Diferente, até mesmo na pelagem caracteristicamente curta, o Bulldog, segundo registros indica seu surgimento no século XIX, em países como Inglaterra e Estados Unidos (apesar do nome “francês”), onde era usado para caçar ratos, popular entre os trabalhadores e prostitutas, que eram quem mais tinha esses cachorrinhos por perto na época.

Quem navega na internet já deve ter cansado de ver a imagem dos pugs circulando pela rede mas, diferente do que indica as redes sociais, a raça figurou entre os três mais populares somente no ano de 2015, quando atingiu cerca de onze mil duzentos e sessenta e cinco mil registros. Provavelmente surgido na China, datando de 700 a.C, no final do século XVI, por conta das grandes navegações, o país começou a ofertar esses pequenos como presentes, que começaram assim à ser exportados para o Ocidente. Desembarcando inicialmente na Holanda, nos países europeus sua popularidade se deu devido à famosa companhia mercantil “Dutch East India Company”.

Com margem parcial estipulada entre janeiro e novembro de 2019, esse ano fechou seu Top 3 trazendo: em primeiro lugar o Spitz Alemão, ou Lulu da Pomerânia, com 14.982 registros; em segundo o Bulldog, com 13.515 e o Shih Tzu com apenas 7.278 registros.

Sendo o menor membro da família Spitz – descendente dos puxadores de trenó – o Lulu teve sua explosão de popularidade no século 20, durante o reinado da Rainha Vitória, quando era visto como o cão de companhia da mulher mais importante do país na época.

Pequeno e ativo, a raça que ascendeu e figurou em quarto lugar entre os mais populares da década, e tende a desenvolver problemas no coração, pele e dentição, além de doenças como: degeneração da retina e problemas oculares; alergias; epilepsia; diasplasia de anca e colapso traqueal.

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(Texto: Leo Ribeiro)

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