Setor da cultura pede expansão do prazo para cadastro na lei Aldir Blanc

Representantes do setor da Cultura de Mato Grosso do Sul, tem a falta de aproveitamento da verba concedida pela Lei Aldir Blanc. Com um prazo curto para divulgação e apenas 54% dos municípios enviaram propostas para receber o auxílio destinados para artistas regionais, o que faz com que 36 municípios, dos 79 existentes, sejam excluídos.

Além de pedir a prorrogação do prazo, para que haja essa inclusão, a classe pede a criação de projetos, para que a verba não retorne ao governo Federal. Com isso, foi planejado uma live, que conta com a participação de parlamentares, em que as demandas serão apresentadas e um debate em busca de soluções deverá ocorrer.

De acordo com a vice-presidente do Conselho Estadual de Políticas Culturais, Romilda Pizani, além da expansão no período de inscrição, o ideal é que haja uma desburocratização do processo. Em que, para ser considerado apto, o fazedor de cultura precisa apresentar até mesmo um histórico negativo, enquanto está há quase um ano com a renda afetada pela pandemia.

“É praticamente impossível que essa pessoa consiga apresentar um histórico negativo, mesmo sem renda ele precisa sustentar sua família. Além de outras dificuldades que a classe tem encontrado. É preciso que haja essa facilitação, essa é uma verba emergencial, devido a uma pandemia o processo deveria ser mais ágil”, pontuou.

Pizani destaca que a live tem carácter informativo, para que os artistas possam entender mais sobre os direitos e processos e, ainda, de sensibilizar os deputados, para que entendam a demanda de toda a classe.

O membro da coordenação do Fesc (Fórum Estadual de Cultura), Anderson Lima, aponta que além de conseguir uma expansão do prazo de inscrição, é preciso que haja o repasse para essas famílias. A lei Aldir Blanc vem foi sancionada em agosto, e desde então alguns fazedores de cultura não receberam o repasse. Enquanto enfrentam dificuldades para conseguir sustento, visto que desde o início da pandemia os trabalhos estão reduzidos.

“Aqueles que recebem acabam se tornando exceção. Em sua maioria, os fazedores de cultura, que não são apenas os artistas, estão tendo que se virar do jeito que dá. É preciso que se criem projetos para manter esse recurso aqui no Estado, valorizando o trabalho regional. Esse dinheiro veio de uma verba federal e, sem projetos, ela voltará, enquanto ainda tem muita gente que precisa”, destacou.

Serviço: A live será transmitida através do Facebook, amanhã (11) às 19h, nas páginas do Fmccg (Fórum Municipal de Cultura de Campo Grande ) e Fesc (Fórum Estadual de Cultura). Veja mais.

(Texto: Amanda Amorim)

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