Série “O Vidente” não previu uso de Cloroquina nem COVID-19

 Influenza, Gripe Aviária, Gripe do Frango e Sars (síndrome respiratória aguda grave) são vírus que apavoraram o mundo em outras épocas. Em 2002, A Sars (SARS-COV) também saiu da China para sacudir o planeta e foi a base do roteiro do 14º episódio da segunda temporada de The Dead Zone, traduzido no Brasil como O Vidente, exibido em 13 de julho de 2003 (No dia 05 de julho a OMS declarou que o vírus já estava contido). O que significa que este coronavírus nada tem a ver com as proporções e contágio do novo coronavírus. Além disso, a Cloroquina era um medicamento que estava em fase de estudos para averiguação de sua funcionabilidade em outras doenças fora a para qual foi criada: Malária.

De acordo com um estudo publicado em 2014 na revista especializada East Asian Arch Psychiatry, a Sars provocou quase 800 mortes e 42% dos sobreviventes desenvolveram algum transtorno mental. De acordo com o estudo esta epidemia entre 2002 e 2003 provocou doenças mentais. Houve pânico nas mesmas medidas, mas quatro anos depois 42% dos sobreviventes apresentaram sequelas com algum transtorno mental.

Foram 54,5% com transtorno de estresse pós-traumático e 39% com depressão. Então, mesmo que as palavras coronavírus e cloroquina tenha sido usadas por personagens no episódio, não era uma previsão, era algo que acontecei e havia matado 800 nos dois anos que percorreu 30 países pelo mundo.

Aliás, a SARS-CoV é da mesma da SARS-CoV-2. São quase 80% do material genético compartihado. Ou seja, tudo é muito semelhante.

Já a cloroquina começou a ser usada em 1934 para prevenção da malária e doenças autoimunes. Em 1955 foi a vez da hidroxicloroquina. Os cientistas estudavam o uso destes medicamentos para AIDS e SARS, inclusive tem um no site da revista “Lancet” de novembro de 1955. E o ponderamento do assunto era: “Baseado nos efeitos da cloroquina/hidroxicloroquina em vários vírus encapsulados e na ativação imune, levantamos a hipótese de que esse medicamento talvez tenha alguma utilidade para o manejo clínico da SARS”

Até hoje não há nada concreto sobre as medicações, a não ser que se mostrou ineficaz na pós-exposição e em pacientes hospitalizados. Já para prevenção em pacientes no início do contágio, os estudos ainda não foram concluídos.

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