Senadoras promovem neste fim de semana um tuitaço para pressionar o presidente Jair Bolsonaro a sancionar o PLC 130/2011 que estabelece multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que desempenhem a mesma função. A manifestação impacta diretamente a Bolsonaro , que diz estar pensando se deve sancionar a lei até segunda-feira (26).
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), líder bancada feminina, se manifestou pelas redes sociais e disse que ” argumento de que a luta pela igualdade no mercado de trabalho prejudica a empregabilidade das mulheres reforça essa desigualdade. Queremos justiça e respeito”. Além de Tebet, outras senadoras também foram ao Twitter reivindicar a sanção do projeto e promoveram a #PL130SancionaPresidente.
O relator do projeto, Paulo Paim (PT-RS) aderiu ao tuitaço das senadoras. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) impondo ao empregador multa em favor da empregada correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) lembrou no Brasil, a disparidade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função, com o mesmo desempenho, é de 25%. A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) defendeu que o argumento utilizado por Bolsonaro é o mesmo de quando foi aprovada a licença-maternidade na Constituinte.
Bolsonaro
“Qual a consequência disso aqui vetado ou sancionado? Vetado vou ser massacrado. Sancionado: vocês acham que as mulheres vão ter mais facilidade de encontrar emprego ou não? Então vamos aguardar a resposta na segunda-feira, se eu sancionar, como vai ser o mercado de trabalho para a mulher? Está difícil para todo mundo, para mulher é mais difícil. Pode acontecer que o pessoal não contrate ou contrate menos mulheres. Não vou discutir o mérito, segunda-feira, vou ver aqui nos comentários da live se devo sancionar ou vetar o projeto que aumenta e muito a multa trabalhista”, disse o presidente. Veja também: Polícia destrói acampamento com 13t de maconha na fronteira de MS
(Com informações do Congresso em Foco)