Lojas apostam em artigos do Brasil para faturar
A semana do jogo do Brasil na Copa do Mundo já tem esquentado as vendas no comércio. A abertura ocorreu no último domingo (20), e deu a largada oficial, não só para o futebol, mas para um show à parte, de inovação e empreendedorismo, quando o assunto é faturar com os jogos da competição. Em Campo Grande, lojas que habitualmente não comercializam produtos relacionados ao esporte estão apostando em ganhos acima dos 50%.
O proprietário da loja Anime-se, Moham ad Safadi, 45 anos, inovou e hoje comemora o faturamento gerado pela venda das camisetas da seleção brasileira. “Temos uma meta aqui em todo o sábado e neste último nós batemos com sobra. O fato curioso é que 80% dos produtos vendidos foram do Brasil”, revela o comerciante.
A Anime-se é uma loja especializada no mundo geek, entre canecas, acessórios e roupas com a temática de jogos, séries e animes, mas o estabelecimento separou um cantinho para a Copa do Mundo. Com uma vitrina bem adornada, os vendedores veem os clientes entrarem aos montes em busca dos uniformes verde e amarelo. “O estoque de uma semana foi vendido em três dias”, conta o vendedor da loja Igor Cimeries, 27 anos.
Foco
Em relação aos ganhos, Mohamad é otimista e estima um aumento considerável. “O movimento está bem grande e nessa segunda-feira, depois da abertura, aumentou ainda mais. Achei que conseguiria segurar o estoque até o primeiro jogo do Brasil, mas já não tem, então, com certeza o crescimento nas vendas da nossa loja deve ultrapassar os 50%.”
O gestor da loja Crystore, Lucas Simão, 30 anos, afirma que este é o momento de faturar.
O comércio é mais um dos locais que não costumam trabalhar com artigos de esporte e aproveita o momento para aquecer as vendas.
“Tivemos muita procura antes da abertura, agora com os jogos rolando deve melhorar ainda mais. A Copa do Mundo é diferente, temos de aproveitar. Nossa loja deve lucrar pelo menos 30% a mais que em novembro passado, lembrando que ainda tem o 13° salário, que vai ajudar também”, destaca.
Nos locais onde o foco são as camisetas de time, a empolgação, expectativa e também novas técnicas para vender entram em campo. Exemplo é a loja A Camiseta, onde os vendedores partem para o corpo a corpo e vale até toque de mão dentro da área da loja.
O responsável pela loja, Rodrigo Azevedo de Melo, 43 anos, conta que não consegue nem medir o quanto as vendas dispararam nas últimas semanas. “Os últimos dias foram ótimos e agora, com o Brasil jogando, acredito que vai crescer a procura”, comenta.
Azevedo enfatiza que são feitos de dois a três pedidos por semana para acompanhar a demanda. “Temos da tradicional verde e amarela à preta e também azul, que tem sido muito procurada. O importante é agradar aos torcedores”, finaliza.
Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado de MS.
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