Rosa Weber manda para a Justiça de MS denúncia contra deputado Trutis sobre armas

Trutis
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Parte da investigação da Operação Tracker, da Polícia Federal, contra o deputado federal Loester “Trutis” (PSL- -MS), relacionada a posse e porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, será encaminhada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) à Justiça Criminal de Campo Grande. A decisão foi tomada pela ministra Rosa Weber, do STF, conforme despacho publicado na quinta-feira. Em razão do foro privilegiado, continua tramitando no Supremo a denúncia apresentada no dia 4 deste mês na corte pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado, acusando-o de falsa comunicação de crime e de ter forjado um suposto atentado contra ele.

Em fevereiro no ano passado, o “Tio Trutis” publicou nas redes sociais fotos de seu carro atingido por disparos de arma de fogo dizendo que havia sido vítima de uma “emboscada” quando viajava com um assessor na BR-060, que liga Campo Grande e Sidrolândia, dizendo que só escapou por andar armado. O deputado fez a denúncia à Polícia Federal e, de suposta vítima, passou a ser investigado pela corporação que disse ter constatado que ele próprio havia forjado o atentado para defender o uso de armas e ganhar audiência nas redes sociais.

Durante as investigações, ao cumprirem mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar em novembro do ano passado, no bairro Vilas Boas, em Campo Grande, os policiais apreenderam três armas de uso restrito no local e prenderam o deputado.

Trutis, entretanto, acabou soltou por determinação da própria ministra Rosa Weber, do STF, que considerou que o crime não seria inafiancável.

No dia 4 deste mês, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia ao Supremo acusando Trutis de falsa comunicação de crime, porte ilegal e disparo de arma de fogo, e por ter forjado o suposto atentado. Essa parte relacionada às armas ficará a cargo da Justiça estadual de MS. “O que de fato ocorreu foi uma verdadeira simulação de tentativa de homicídio, na qual o parlamentar (A) e seu assessor (B), portando irregularmente arma de fogo de uso permitido, efetuaram disparos em via pública (estrada vicinal adjacente à Rodovia BR-060) contra o veículo”, disse o vice- -procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, autor da denúncia ao STF. (Texto: Marco Eusébio)

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