A reunião de trabalho que aconteceria na tarde de ontem (1º) para decidir o futuro do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, foi adiada sem nova data definida. Segundo a assessoria de imprensa do deputado Pedrossian Neto (PSD), desde a audiência pública realizada em 17 de junho não houve novidades que justificassem o encontro. O parlamentar prefere aguardar o andamento dos estudos de viabilidade da reforma com a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura).
A reunião foi proposta pelo deputado durante a audiência, para reunir a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), o governo estadual por meio da Setesc (Secretaria Estadual de Turismo, Esporte e Cultura), Ministério Público Estadual, Polícia Militar e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). O objetivo era discutir a situação do estádio e definir uma proposta para liberar o uso até o próximo campeonato estadual profissional, previsto para começar em janeiro de 2026.
Na audiência, o debate se concentrou no documento de cessão da gestão do estádio da UFMS para o governo estadual por 35 anos. O convênio de delegação foi autorizado pela universidade em dezembro de 2024, mas não foi formalizado. A UFMS exige que o governo arque com os custos de manutenção, preserve espaços acadêmicos hoje localizados na área do estádio e garanta datas para eventos acadêmicos e esportivos. O governo, por sua vez, pretende assumir se encontrar um concessionário privado para gerir o Morenão. Nenhum desses impasses avançou.
Interditado desde 2022, o estádio permanece sem uso por clubes e pelos acadêmicos da UFMS, especialmente os do curso de Educação Física, que utilizavam o local para aulas e torneios internos. No mesmo ano, uma tentativa de reforma conduzida pela Fapec chegou a iniciar melhorias em vestiários e banheiros, mas foi paralisada. Dos R$ 9 milhões investidos na época, aproximadamente R$ 7 milhões foram devolvidos ao Estado e seguem nos cofres públicos.
Mellissa Ramos