Reabertura dos EUA é oportunidade para pecuária de MS

A reabertura dos EUA para a carne bovina in natura do Brasil é uma oportunidade estratégica para a pecuária de Mato Grosso do Sul de ampliação do comércio, não só com o mercado norte-americano, mas com outros países.

Em Mato Grosso do Sul, as exportações de carne bovina para o exterior intensificaram-se, principalmente a partir de 2005. De 2006 a 2014, pode ser considerado de maior expansão chegando a 7 vezes maior em temos de toneladas com chegando a 145 mil, embora em termos de dólares tenha representado o dobro (14 vezes) chegando a 677,8 milhões de dólares, em 2014.

Após esse período de expansão, o produto sofreu uma queda de 2015 a 2016, retomando a expansão a partir de 2017, chegando a 183,8 mil toneladas com 690 milhões de dólares em exportações em 2019.

Em 2016, quando o mercado dos EUA foi aberto para o produto in natura pela primeira vez, especialistas estimavam que o mercado poderia render, no máximo, US$ 300 milhões por ano. O Brasil deve exportar, principalmente, cortes do dianteiro bovino para a fabricação de hambúrguer nos EUA.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Ministério da Agricultura, quatro unidades estavam habilitadas a vender carne in natura para os Estados Unidos: três plantas da JBS, localizadas em Nova Andradina, Naviraí e Campo Grande, e uma unidade da Marfrig, em Bataguassu, mas novas habilitações podem ocorrer após visitas técnicas das autoridades norte-americanas.

“A reabilitação desse mercado para a carne brasileira é mais uma opção de saída de produto e cria um cenário favorável em termos de demanda. Temos também as implicações decorrentes do coronavírus, por isso, voltar a exportar carne in natura para os EUA tem um impacto fundamental em termos de produto. Essa reabertura dos norte-americanos mostra aos demais países a qualidade do nosso produto, do nosso sistema de sanidade animal e abre possibilidade de comércio com outros mercados”, comentou Jaime Verruck, secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

(Texto: João Fernandes com assessoria)

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