Petroleiros iniciam greve por tempo indeterminado

Petroleiros iniciam neste sábado (1º) greve por tempo indeterminado nas unidades da Petrobrás, que deverá atingir 14 unidades da empresa em nove Estados. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), apesar da paralisação, a categoria garante que manterá o abastecimento de combustíveis para não prejudicar a população.

Os petroleiros cobram a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), prevista para começar no dia 14 e que deve afetar mais de mil famílias. Eles também querem o estabelecimento imediato de um processo de negociação com a empresa, acusada pelos trabalhadores de descumprir itens do Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela direção.

A pauta de reivindicações foi apresentada à Gerência de Gestão de Pessoas da Petrobrás em reunião na última sexta-feira (31). Durante a greve cinco diretores da FUP vão permanecer ocupando uma sala da sede da Petrobrás, à espera da diretoria da empresa para negociar. É o que eles chamam de comissão de negociação. O grupo entrou no edifício do centro do Rio ontem à tarde e permanece até a manhã deste sábado. Dizem que só vão sair quando a greve acabar.

Em nota, a Petrobrás afirmou que a “intenção de greve, anunciada pela FUP, não atende aos requisitos legais”, mas não se manifestou sobre as proporções da paralisação. Segundo a empresa, todos os compromissos assumidos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020 vêm sendo integralmente cumpridos.

A Petrobrás informou ter sido notificada no dia 28 pelas lideranças de 11 sindicatos ligados à FUP sobre a intenção de realizar greve a partir de 1º de fevereiro. “Como justificativa, as entidades alegaram desrespeito aos fóruns de negociação instituídos pelo ACT e descumprimento do ACT da Araucária Nitrogenados S.A”. No entanto, a empresa considera descabido o movimento grevista e alega que as justificativas são ‘infundada e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve’.

(Texto: Julisandy Ferreira com informações da IstoÉ)

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