A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou uma nota técnica sobre o cenário da pandemia de COVID-19 no país – e parece que não há melhora em vista. De acordo com a pesquisa, a situação é de piora: das 27 unidades federativas, seis estados mais o Distrito Federal estão em alerta crítico para superlotação em leitos de UTI (unidade de terapia intensiva). E Mato Grosso do Sul está entre eles.
Ao lado de Pernambuco (81%) e Espírito Santo (80%) nos percentuais de alerta crítico, MS se juntou a outros quatro estados na categoria. Por aqui, a taxa de ocupação em leitos para adultos se encontra em 80%. Quem deixou a zona crítica e passou à intermediária foi o vizinho Mato Grosso, com taxa de 78%.
Com relação às capitais, Campo Grande também se encontra no nível médio de alerta, com 79% de ocupação. Na zona crítica estão Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (estimado em 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%).
Embora o avanço da vacinação desenhe um quadro diferente de outros momentos da pandemia, a variante ômicron vem desempenhando uma alta grau de transmissibilidade, isto é, maior número de infecção. Com isso, aumentaram também o quantitativo de internação em UTIs, pressionando o sistema de saúde.
“A vacinação faz com que indivíduos se tornem pouco suscetíveis a internações, mas a idade avançada e comorbidades podem gerar vulnerabilidades. Até porque uma parte considerável da população ainda não recebeu a dose de reforço e outra parcela nem foi vacinada. Diante disso, reforço à importância de se avançar na vacinação e endurecer a obrigatoriedade do uso de máscaras e do passaporte vacinal em locais públicos”, ressaltou a nota da Fiocruz.
Os pesquisadores sugerem o autoisolamento assim que sintomas de COVID-19 aparecerem. Entre os mais comuns, febre persistente, tosse, cansaço pelo corpo e perda de paladar/olfato.