A expectativa de um novo projeto de lei para a redução das taxas cartorárias no Mato Grosso do Sul, a ser enviado pelo Tribunal de Justiça, foi frustrada na manhã de hoje (28).
De acordo com o parlamentar, a corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul cumpriu seu papel elaborando um projeto, que foi submetido ao pleno do Tribunal, mas que é uma proposta que “já nasceu sepultada”.
“É um projeto natimorto com a maioria dos votos contrários. Ele poderia ter sido melhorado, mas jamais rejeitado na íntegra. Um projeto dessa natureza não pode ser elaborado pela Assembleia, pois é contra lei, ocorreríamos em vício de iniciativa, então temos que aguardar a vinda do projeto do próprio TJMS, mas pelo visto já nasceu morto e assim frusta a expectativa do povo que aguarda essa novela desde quando prometeram uma redução linear de até 30% nas custas cartorárias”, ressaltou Barbosinha.
Para Barbosinha é preciso dar uma explicação à população. “É preciso que suas lideranças venham no Parlamento dizer que nós não ludibriamos o povo, porque essa inciativa é de inteira responsabilidade de lá e venham a público dizer qual razão de rejeitarem a apresentação do projeto de redução”, propôs.
O presidente da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa (PSDB) ponderou que o Legislativo não pode obrigar a nenhum outro Poder que submeta projetos, se assim não quiserem.
“Todas as tratativas essa Casa sempre respeitou e a independência dos Poderes, mas a partir do momento que entrou aqui podemos fazer emendas para melhorar a proposta, fazer audiência pública, com todo respeito e com base na legislação. Se efetivamente há o entendimento que eles não devam apresentar o projeto ok, mas nós temos a sensibilidade do povo, que fica questionando porque uma escritura custa em torno de R$ 2 mil no estado vizinho e aqui em torno de R$ 7mil”, exemplificou o presidente.
O deputado Pedro Kemp (PT) se somou à indignação. “Quero também manifestar a minha insatisfação com essa situação, porque havia expectativa ainda esse mês do projeto revendo as taxas cartorárias e emolumentos ser enviado. Os cartórios praticam taxas muito elevadas e sou contrário também à essa capitalização de fundos, porque quem acaba arcando com esse ônus é o cidadão”, solidarizou-se Kemp.