Uma denúncia feita ao jornal O Estado revelou o desabastecimento de medicamentos na Casa da Saúde. São mais de seis meses de espera pelo supositório mesacol mesalazina, de 500 mg. Nesse meio-tempo, outro medicamento, o mesalazina 800 mg em comprimidos, também esteve em falta, mas este foi normalizado.
A atendente que faz uso do medicamento, e que preferiu não se identificar, relata que durante os últimos seis meses realiza a “saga” de telefonar em busca do medicamento. Apesar de a resposta ser negativa, conta que não pode desistir, pois quando chega, a demanda é muito grande.
“Eu ligo todos os dias, o pessoal da Casa da Saúde já até me conhece, mas de nada adianta, porque o supositório nunca mais foi reposto. Eu continuo ligando porque toda vez que eles repõem, caso não busque logo, a gente corre o risco de ficar sem o medicamento”, revelou.
A reportagem fez uma pesquisa entre as drogarias de Campo Grande e o medicamento custa, em média, R$ 120, podendo ter alteração entre os preços. A atendente destaca que faz uso diário do supositório e, com a falta do medicamento, acabou gerando um gasto inesperado.
No último repasse realizado pela Casa da Saúde, ela foi informada de que não se tratava de um envio feito pelo governo do Estado, responsável pela administração do local, e sim de uma doação feita por terceiros.
“No mês passado eu consegui com eles uma caixa, mas o pessoal que trabalha lá me contou que alguém tinha feito a doação de 90 caixas do supositório e, com isso, alguns poucos repasses foram realizados. Até o momento, só o mesalazina 800 mg em comprimido foi reposto, do supositório, ninguém dá notícia”, apontou.
A reportagem entrou em contato com a SES (Secretaria de Estado de Saúde) para saber quando os repasses seriam normalizados e por que houve a demora, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.
(Texto: Amanda Amorim)
Veja também: Mais de 400 motocicletas estão disponíveis em leilão na Capital