Organização Mundial da Saúde declara fim da emergência em saúde por Mpox

Foto: Álvaro Rezende/Portal MS
Foto: Álvaro Rezende/Portal MS

Em anúncio divulgado ontem (11), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a Mpox (varíola dos macacos) não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional. A resolução foi anunciada cerca de uma semana após a OMS declarar o fim da emergência por Covid-19.

Em julho de 2022, a OMS decretou o status de emergência em razão do surto da Mpox em diversos países. Ao todo, foram mais de 87 mil casos e 140 mortes reportadas em 111 países.

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom destacou que a medida con, ao destacar uma queda de quase 90% nos casos ao longo dos últimos três meses quando comparados ao trimestre anterior.

“Observamos agora um progresso constante no controle do surto com base em lições aprendidas com o HIV [vírus da Aids] e trabalhando conjuntamente com as comunidades mais afetadas”, disse.

Para Tedros Adhanom, o trabalho de organizações comunitárias, em parceria com autoridades de saúde pública, são essenciais para informar as pessoas sobre os riscos da doença, encorajar e apoiar uma mudança de comportamento e defender o acesso a testes, vacinas e tratamentos para que sejam acessíveis aos mais necessitados.

“Assim como com a covid-19, o fim da emergência não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável”, explicou o diretor-geral da OMS.

O que é a Mpox?

A Mpox é uma doença ocasionada pelo vírus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, apesar de ser inicialmente denominado como “varíola dos macacos”, trata-se de um vírus que infecta roedores na África, os primatas são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o ser humano.

Até maio de 2022, todos os surtos da Mpox estavam restritos ao continente Africano, porém a doença se espalhou pelo mundo e atualmente apresenta transmissão comunitária inter humana em vários países, inclusive no Brasil.

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

Mpox em Mato Grosso do Sul

Dados do último informe divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), em janeiro de 2023, apontam que desde o surgimento da Mpox, Mato Grosso do Sul registrou 161 casos confirmados da doença.

Entre as cidades que confirmaram casos da doença estão: Campo Grande (121) Dourados (16), Itaquiraí (1), Aparecida do Taboado (1), Costa Rica (2), Aquidauana (4), Ponta Porã (3), Três Lagoas (5), Maracaju (2), Jardim (1), Chapadão do Sul (1), Miranda (1), Sidrolândia (1), Paranaíba (1) e Bonito (1).

Os dados mostram ainda que 88% dos casos foram registrados em pessoas do sexo masculino na faixa etária entre 24 a 48 anos, o percentual de pessoas do sexo feminino acometidas pela doença corresponde a 12% do total de casos confirmados em MS.

Entre os principais sintomas apresentados pelos pacientes, 84,9% tiveram feridas na pele, 59,6% febre súbita, 45,8% aumento dos linfonodos do pescoço (adenomegalia), 41,6% dor de cabeça (cefaleia), e 53% relataram lesão genital.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *