Filas enormes e ônibus lotados, é o que relata a população que depende do transporte público. Mesmo com os recordes assustadores de pessoas contaminadas pela Covid-19 em Mato Grosso do Sul, os ônibus da Capital continuam cheios, sem nenhuma regra de biossegurança sendo cumprida segundo os usuários.
A social media Letícia Ferreira de 24 anos conta como é a calamidade que enfrenta todos os dias para conseguir chegar até o serviço. “as filas estão enormes, uma das medidas impostas desde o início da pandemia é que todos entrem pela porta da frente, mas isso só faz aglomerar as pessoas na fila e na passagem da catraca, quando a gente entra, os bancos lotam e inúmeras pessoas ficam em pé coladas umas nas outras, sem conseguir manter o mínimo de distância, isso é extremamente perigoso”.
Para o analista de sistemas Caio Vinícius de Jesus de 26 anos, a redução da frota em 50% é totalmente injusta, já que ele paga o valor integral da passagem. “Além de pagar por um serviço pela metade, eu acredito que não adianta nada o toque de recolher, o fechamento do comércio, e tantas outras medidas se quando a gente vai pegar o ônibus as pessoas estão caindo pela janela” pontua.
Em um vídeo da Linha Guaicurus 75, às 06h 20, encaminhado por leitores à equipe de reportagem do jornal O Estado Online, é possível ver claramente que os coletivos estão completamente sem capacidade de lotação, o que põe em risco até mesmo a saúde de pessoas que tentam manter o isolamento saindo de casa só para o trabalho.
O Presidente da Assetur João Rezende, afirmou que o cumprimento das regras também é de obrigação do passageiro e que a empresa tem cumprido todas as normas. “Se o passageiro perceber que o ônibus está esgotado ele não pode entrar, ele estará descumprindo a norma e colocando sua vida em risco. Desde o início da pandemia, a operação do transporte vem se moldando às normas exigentes e hoje estamos seguindo o projeto de biossegurança que apresentamos lá atrás. Os ônibus podem transportar com toda lotação dos bancos e 70% da capacidade dos passageiros em pé. É importante que as pessoas usem o transporte sempre que possível, fora no horário de fluxo”.
*Matéria atualizada às 12h10 com o direito de resposta da Assetur
Karine Alencar com informações de Itamar Buzzatta
