Após duas rodadas de reuniões na sede da Petrobras nesta quarta-feira (11), no Rio de Janeiro (RJ), o governador Reinaldo Azambuja obteve da estatal a garantia de que será lançado ainda no primeiro semestre deste ano um novo edital de licitação para a venda da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas.
Reinaldo Azambuja se reuniu com o presidente da empresa, José Mauro Coelho, acompanhado da deputada federal e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Todos saíram otimistas das reuniões.
“A Petrobras assumiu o compromisso de publicar um novo edital ainda neste semestre. A gente pediu para que eles fizessem um cronograma para que isso se resolvesse dentro de 2022 para que no próximo ano pudessem ser retomadas as obras da fábrica. O presidente garantiu celeridade nesse processo porque ele entende a importância da UFN3 no cenário nacional da produção de fertilizantes”, destacou o governador.
Segundo Reinaldo Azambuja, vários players estão interessados na compra da unidade. Inclusive, alguns já procuraram o comando do governo estadual em Campo Grande para saber da manutenção dos incentivos fiscais para ativação da indústria.
“Agora, a expectativa é de que mais empresas possam se interessar pela compra da UFN3 por causa do cenário da guerra da Ucrânia, que mostrou a necessidade do Brasil aumentar a produção doméstica de fertilizantes”, afirmou.
Conclusão em 2024
Com a garantia da antecipação do lançamento do edital nas próximas semanas, o Governo do Estado espera que a negociação com o novo investidor possa ser fechada ainda em 2022, para que as obras sejam retomadas e a produção tenha início em 2024.
Na reunião com a diretoria da estatal, a comitiva sul-mato-grossense ainda sugeriu que o edital de venda da fábrica determine que o comprador utilize o GNL (Gás Natural Liquefeito) da Petrobras como matéria prima para a produção dos fertilizantes nitrogenados, explicou Jaime Verruck, da Semagro.
“É importante resolver essa equação do gás. Por isso fizemos essa proposta da opção da compra do combustível. E isso a Petrobras ficou de analisar”, ressaltou o secretário.
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