Populares madrugaram na fila da vacinação contra o coronavírus, neste sábado (24), mesmo com o início da ação no pavilhão Dom Teodardo Leitz, ter sido agendado para às 13h. Para “vencer” as horas de espera, alguns jovens optaram por levar café e fazer novas amizades.
Carlos Alexandre de Moura, 27, foi o primeiro a chegar no local, às 3h54 deste sábado (24). Ele afirmou que sabia que a aplicação da vacina começaria apenas às 13h, porém, por considerar que o número de doses disponibilizadas é pouco [2 mil], preferiu se antecipar.
“Vim pela madrugada, pois não queria correr o risco de ficar sem [vacina], não são muitas doses hoje para o público”, apontou ao complementar que esperava ansiosamente por este momento.
“Equipado” com garrafa térmica de café e de água, Carlos descia do carro por diversas vezes e oferecia as bebidas para quem não havia levado. Ele contou que foi uma forma de passar o tempo e socializar.
“Pra mim o café é indispensável então já vim preparado. Ofereci pro pessoal aqui perto e começamos a conversar, fazer amizades, assim a espera não é tão ruim”, comentou.
Na “roda do café”, também estava Ricardo Rodrigues de Paula, 32. Ele citou que em outras oportunidades não conseguiu a imunização, então hoje, preferiu “madrugar” para não perder, chegando ao local pouco mais de 5h, de moto.
Com um caso de morte na família pela doença, Ricardo se diz um pouco receoso quanto a eficácia da vacina, pois na situação em questão, a pessoa estava imunizada, mas diz que mesmo assim preferiu tomar.
“Minha mãe morreu aos 75 anos, no ‘pós-covid’ e tinha tomado as duas doses. Isso me deixou um pouco incerto quanto a vacina, mas mesmo assim optei por tomar na esperança de dias melhores”, disse ao complementar que ela tinha diversos problemas de saúde, o que acredita também ter impactado.
Geisiane Ribeiro, 27, foi até ao drive de moto, chegou pouco mais das 5h. Ela disse ter se confundido quanto ao horário, já que das outras vezes, a ação começou às 8, horário que ela pensou que começasse neste sábado, no entanto, mesmo após a informação de que ação teria início às 13h, preferiu ficar.
“Vale tudo para tomar a vacina, eu me confundi, mas não quis voltar pra casa”, contou.
Questionada sobre o desconforto de ficar sentada na moto por várias horas, ela disse que compensaria o esforço, com o sentimento de estar imunizada.
“Temos que se cuidar e cuidar dos outros também”, destacou. (Texto: Gizele Almeida Dourados News)