Doença foi identificada em ave de subsistência, conforme o MAPA
Mato Grosso do Sul registrou o primeiro caso de influenza aviária em ave de subsistência, conforme confirmado pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária). A doença foi identificada em um animal, na cidade de Bonito.
de alta patogenicidade (IAAP – H5N1) foi detectado numa criação de aves domésticas na cidade. Segundo anúncio feito pelo MAPA, as medidas sanitária com intenção de contenção e erradicação do foco já estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial.
Atualmente, o número de casos identificados no Brasil é de 100 em aves silvestres e 3 de aves de subsistência. O foco detectado nessa segunda- -feira (18) deverá ser incluído na estatística, ainda na data.
O MAPA segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo, para evitar que a doença se espalhe. Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), por não haver registro da doença na produção comercial.
O caso em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros.
O que diz a Iagro
O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul), Daniel Ingold, tranquilizou, explicando que o caso detectado é de galinhas criadas em quintal, de funcionário de uma fazenda. E detalhou que procedimentos já estão sendo realizados para a contenção do vírus.
“Foi feito todo um planejamento em relação ao ataque a esse foco, foram sacrificadas todas as aves do local e é feito um exame laboratorial com as coletas dessas aves, que foram sacrificadas. Num espaço de 10 km em volta temos equipes andando em volta dessa região, fazendo vigilância ativa para ver se o vírus se propagou”, pontuou.
“A area está interditada, naturalmente, e continua agora um trabalho técnico. A orientação para a população é de não recolher as aves doentes para suas casas, e procurar a Iagro em casos suspeitos, pelo WhatsApp: (67) 99961-9205” informou Daniel.
Esforços
No dia 2 de junho deste ano, o Governo do Estado havia decretado Alerta Zoossanitário e instituiu o Sistema de Monitoramento, Avisos e Ações, para fins de prevenção à ocorrência da influenza aviária H5N1 em Mato Grosso do Sul, medida que não impediu que o primeiro caso surgisse.
Na época do decreto, o Estado não tinha registro de nenhum caso da doença. Ainda em junho, o secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, explicou que o decreto segue os parâmetros nacionais alinhados em reuniões com o Ministério da Agricultura.
“O decreto visa estruturar as ações do Governo de MS com o MAPA, por meio do Gease e também facilitar a alocação de recursos para a atuação do serviço de vigilância sanitária animal do Estado. Nosso foco é prevenção, buscando evitar que a doença entre em MS. Isso se faz com parcerias com o MAPA, Iagro, setor produtivo, Famasul e agora inserindo a Defesa Civil PMA, Imasul, também nesta força-tarefa. É o Estado implantando mais um sistema de vigilância sanitária, procurando evitar a entrada de doença e contribuindo para que o Brasil não tenha esta sinalização”, disse Verruck.
Cadeia produtiva da avicultura de MS aumenta neste ano
A cadeia produtiva da avicultura em MS, de janeiro a maio deste ano, teve um aumento de 3,84% em relação ao mesmo período, em 2022. A avicultura de Mato Grosso do Sul respondeu por 3,77% da receita brasileira com exportações (US$ 4,1 bilhões) de carne de frango e ocupou o 7º lugar no ranking nacional nos primeiros cinco meses deste ano.
O número de animais movimentado para abate nos 5 primeiros meses de 2023, foi de 73 milhões de aves, mantendo patamares do ano de 2022, que foi acima de 70 milhões de animais abatidos. Quando comparamos com os últimos 6 anos (2017/2023) há um acréscimo de 16,13%.
O avanço aponta que mesmo diante do risco da gripe aviária, o Estado fez seu dever de casa, criando barreiras sanitárias para evitar a entrada da doença, fiscalizando as propriedades e ainda ampliou a capacidade de abate. Para incentivar ainda mais a produtividade, o Governo do Estado tem apoiado a expansão da atividade e levado até os produtores os incentivos do programa Frango Vida, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Hoje, o programa conta com 249 estabelecimentos cadastrados e somente neste ano mais de R$ 15,5 milhões em incentivos foram pagos aos produtores de aves.
Por Suzi Jarde – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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