MS quer retomar vacinação por faixa etária da população geral

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Estado recebeu novo lote com mais de 141 mil doses da CoronaVac e AstraZeneca

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, quer voltar com a vacinação da população em geral, dividida por faixa etária, em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, até mesmo um pedido já foi feito junto ao Ministério da Saúde para tal. A exemplo da Capital, a imunização da população em geral parou nos 59 anos no dia 28 de abril. Desde então, por recomendação da própria pasta federal, a vacinação tem sido feita em grupos específicos. Na semana passada, os municípios de Japorã e Rio Verde deram início à última etapa de imunização dos grupos prioritários e também aguardam liberação para ampliar a vacinação.

“Estamos pedindo para o Ministério para abrir para 60, 59, 58 e 57 anos, até porque tem um melhor controle e é melhor para gente fazer a vacinação por idade, independente de grupos. Inclusive temos municípios que já vacinaram todas as pessoas com comorbidades que é nossa prioridade”, avaliou.

Conforme o governo, o publico estimado no Estado de pessoas com idades entre 55 e 59 anos é de 516.572 e o “vacinômetro” do Estado aponta que foram aplicadas 30.835 doses nessa faixa etária. Até o momento Mato Grosso do Sul já recebeu 1.057.050 doses de vacinas entre os imunizantes CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer.

Desse total, 935.675 já foram aplicadas, sendo 661.509 com a primeira dose e 274.166 com a segunda dose. E como o novo carregamento que chegou ontem (17), com 141.690 doses, o secretário de Saúde afirmou que deve ser suficiente para colocar em dia o esquema vacinal da CoronaVac. A nova remessa é composta por 85,2 mil doses do imunizante, enquanto existem 80.917 pessoas aguardando a chegada para vacinação da dose de reforço.

Somente na Capital, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), pelo menos 30 mil pessoas esperam pela segunda dose da Coronavac. E como a produção da Coronavac está paralisada, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, alertou que essa deve ser a última remessa do imunizante e que pedirá agilidade dos secretários municipais para que a vacinação da segunda dose seja realizada até o fim de semana.

“Vou pedir agilidade para que possamos avançar e zerar o calendário vacinal da dose de reforço, tendo em vista de que, com o novo lote, conseguiremos acabar com os atrasos. Apesar que como a paralisação na fabricação”, assegurou.

O Butantan anunciou na última sexta-feira (14) a pausa na produção da CoronaVac por falta de matéria-prima. O anúncio foi feito logo após o instituto entregar 1,1 milhão de doses ao Ministério da Saúde.

Contudo, ainda ontem (17), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que o instituto deve receber no dia 25 deste mês mais um carregamento do IFA (ingrediente farmacêutico ativo). Além disso, destacou que o IFA, para a produção de cerca de 12 milhões de doses da vacina AstraZeneca/ Oxford, pela Fiocruz, também deve chegar ao país entre os dias 22 e 29 de maio. No entanto, o secretário afirmou que teme que a vacinação no Estado atrase.

“Agora vamos contar com as doses da AstraZeneca, pelo menos até junho, porque já existe a possibilidade deles pararem com a produção também, para darmos continuidade na vacinação para não perdermos o ritmo e continuar avançando na imunização de mais pessoas em Mato Grosso do Sul”, ressaltou.

Da AstraZeneca, o Estado recebeu nesta terça 48,3 mil doses; já da Pfizer o lote esperado para esta semana é menor, 8.190 doses. Doses que, segundo a secretária adjunta, Crhistine Maymone, durante a live de ontem (17), serão utilizadas para aplicação da primeira dose.

“Esse é um tipo de anúncio que nos deixa muito feliz, porque só temos duas formas de controlar essa doença, com a vacina e com autoproteção [utilizando a máscara, álcool gel e cumprindo o distanciamento]”, disse.

Texto: Rafaela Alves

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