O ministro-chefe da CGU (Controladoria-geral da União), Wagner Rosário, depõe hoje na CPI da Covid, no Senado Federal, em um ambiente marcado por disputas de abordagem entre os governistas e a ala que reúne sete parlamentares de oposição e independentes, o chamado “G7”.
De um lado, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) querem aproveitar a presença do ministro da CGU para divulgar e explicar repasses de verbas federais a estados e municípios durante a pandemia da covid-19.
Essa tem sido uma das principais estratégias da bancada governista com o objetivo de defender os interesses do Planalto: minimizar eventuais erros de gestão ao longo da crise sanitária e dedicar mais atenção às responsabilidades de governadores e prefeitos.
Já oposicionistas pretendem pressionar Rosário a esclarecer o motivo pelo qual a CGU não tomou providências após receber o material que contém trocas de mensagens entre o lobista Marconny Albernaz de Faria (investigado na CPI) e o ex-servidor da Anvisa José Ricardo Santana, em outubro do ano passado, segundo senadores.
Os diálogos obtidos pela CPI sinalizaram suspeitas de que o lobista teria atuado junto a dirigentes do Ministério da Saúde, entre os quais o ex-diretor de logística Roberto Dias, para favorecer a empresa Precisa Medicamentos em um processo para aquisição de testes rápidos contra a covid-19.
O conteúdo foi obtido pelo Ministério Público do Pará a partir da apreensão do celular de Marconny. Posteriormente, o MP teria então encaminhado o material para a CGU, afirmaram parlamentares. Acesse também: Com alta de 36% no IOF, consumo em MS também será afetado
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(Com informações UOL Notícias)