Com objetivo de conter a disseminação de possíveis casos de Monkeypox (varíola dos macacos) em Mato Grosso do Sul, o MPMS (Ministério Público) instaurou um procedimento administrativo solicitando que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) elaborem um plano de contingência contra a doença.
A portaria divulgada na edição de hoje (3), no Diário Oficial do MP, estabelece que o plano deve conter ações estratégicas para o enfrentamento dos casos de varíola dos macacos incluindo o gerenciamento dos recursos humanos e materiais nos serviços de saúde.
O primeiro caso suspeito em Mato Groso do Sul foi de um adolescente de 16 anos, residente em Porto Quijarro, na Bolívia. Após apresentar sintomas da doença o jovem procurou atendimento médico no município de Corumbá e foi internado na Santa Casa.
Com a repercussão do caso a Santa Casa de Corumbá divulgou uma nota em que aponta às duas doenças prováveis que podem ter acometendo o adolescente boliviano, síndrome de Dress ou psoríase pustulosa.
“De acordo com o histórico clínico do paciente, bem como as características das lesões, a equipe de profissionais médicos da Santa Casa de Corumbá acredita ser pouco provável a infecção pelo referido vírus”, destaca a nota trecho do documento.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a nova doença é classificada em duas versões, África Ocidental e África Central, a primeira possui taxa de mortalidade entre 1% e 10% enquanto a segunda versão é mais perigosa com 20% de chance de levar o paciente a óbito.
A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.
Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social e a higienização das mãos, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.
“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, destacou a Anvisa.
Sintomas
Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo e podem deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes.
A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.
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