Minimercados em condomínios facilitam vida de trabalhadores e donas de casa

minimercado
Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS

Empresários têm investido no ramo, sem precisar pagar funcionários

Os minimercados dentro de condomínios têm ganho espaço. Além de facilitar o dia a dia dos moradores na hora de realizar a compra, também é uma forma de gerar renda aos empresários que optaram por esse nicho, com apenas 5 horas de trabalho por dia.

No empreendimento, é possível adquirir comidas, bebidas e produtos de higiene e limpeza. O funcionamento é prático, 24 horas por dia, e a poucos minutos da casa do morador.

Para realizar o pagamento, é disponibilizada uma máquina de cartão de crédito com leitor de código de barra ou por meio de um aplicativo. Exemplo da nova tendência é o “Nosso Empório”, no Damha ll, que surgiu do encontro entre amigos, – o administrador de empresas Adriano de Souza Amaral, o engenheiro elétrico Daniel Lachi e a bacharel em Direito Gislaine Gardim.

Os fundadores criaram um modelo de negócio de fácil implantação e operação, gestão simplificada e que não necessita de contratação de equipe. A gerente-geral do estabelecimento, Gislaine, conta que os produtos são de qualidade, além dos empórios com temperos naturais.

“Na Capital, já foram instalados seis unidades do ‘Nosso Empório’, sendo cinco dentro de condomínios e um em uma academia”, completa a gerente. Em relação às franquias, ela destaca que estão em fase de planejamento para lançamento.

Ainda de acordo com a empresária, atualmente, para ser franqueado nesse ramo, o investimento gira em torno de R$ 25 mil, além dos produtos e equipamentos, que podem custar de R$ 30 a R$ 40 mil, caso seja um mercado em condomínio de classe A.

Outro exemplo é o “Buy At Home”, no Castelo de Luxemburgo, da construtora MRV. Um dos proprietários, Leandro de Oliveira Guimarães, contou que a ideia surgiu mediante um acompanhamento à tendência do micro market – um setor de varejo, intimamente ligado à indústria de máquinas de venda automática que utiliza a tecnologia de autoatendimento. “Naquele momento já existiam algumas franquias de outros estados atuando na Capital, no entanto optamos por criar algo com a identidade campo- -grandense.”

Entre os condomínios e empresas já são 43 lojas do Buy At Home em funcionamento e com previsão de inauguração nos próximos meses de mais seis unidades.

“Em média, nossas lojas possuem acima de 350 SKUs [Unidade de Manutenção de Estoque] podendo chegar até mais de 500, com os quais buscamos atender as necessidades em geral. Personalizamos o mix de produtos por padrões e tamanho de loja, e posteriormente adequamos os produtos mês a mês de acordo com o hábito dos clientes”, explica o empreendedor.

O mercadinho também estuda a opção de franqueados.

Sobre isso, Leandro salienta que está estruturando uma área interna para os franqueados e que muito em breve serão dados os primeiros passos nesse novo projeto. Já em relação aos furtos, relata que ainda continuam sendo uma realidade no ramo. “Embora esses atos sejam cometidos por 1% dos clientes, ainda assim possuem uma representatividade significativa.”

Comodidade

Morador de um dos condomínios que tem a opção, Vitor Gabriel Duim afirma que o minimercado é algo prático e útil. “Eu e minha família amamos essa opção. Não apenas para a gente, mas percebemos que os vizinhos do prédio aderiram a ideia também. É prático e bem útil para o dia a dia.”

“Sempre vou ao estabelecimento atrás de um doce. Porém, o bom mesmo é quando precisamos de algo para o almoço, jantar ou até mesmo quando recebemos visitas, acaba ajudando nesses momentos”, relata Vitor. Além disso, o morador destaca que os valores são maiores que no mercado convencional, alguns produtos têm preços absurdos, em contrapartida, o que é preciso usar diariamente tem um preço razoável e dá para aderir.

Vitor finaliza dizendo que “levando em consideração a praticidade de ter esse espaço aqui dentro do condomínio, alguns valores dá até para entender e, aceitar por conta da facilidade que o minimercado proporciona”.

Outra moradora, Lays Abdalla, destaca que o estabelecimento foi uma comodidade dentro do prédio. “Ter o minimercado no condomínio é muito bom, pois, quando surge a vontade de comer algo que não tem em casa e não precisar sair do prédio, é muito bom. É só passar pela área comum do prédio, pegar o que precisa e voltar para casa não tem preço.”

“Não sou de ir com tanta frequência, por conta do trabalho. Mas acredito que, pelo menos duas vezes na semana, estou por lá para comprar algumas coisas que estão faltando em casa”, finaliza.

Por Marina Romualdo – Jornal O Estado do MS.

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