Desde o mês de outubro, a Capital vem se esforçando em estratégias para alcançar a meta da cobertura vacinal de poliomelite. Mesmo após o segundo “dia D”, apenas 20.578 doses dessa vacina foram aplicadas, o que representa 42,77% do público total. Os números, que já vêm caindo desde anos anteriores, preocupam a Saúde, que alerta sobre os riscos do retorno do vírus.
A campanha nacional de vacinação contra a pólio começou no dia 5 de outubro e a procura pela vacina nas 71 UBSs/ UBSFs (Unidades Básicas de Saúde e da Família) e CRSs (Centros Regionais de Saúde) foi baixa. Com isso, parcerias foram feitas com os shoppings da cidade para garantir a imunização de crianças com idade entre 12 meses e menores de 5 anos de idade, no fim de semana.
Mesmo assim, o número está bem abaixo do esperado, que é 95%, quando o ideal era imunizar 48.110 crianças. A superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, destaca que, apesar dos esforços da Saúde em disponibilizar as doses, a população não está buscando a vacina.
“Nós já deveríamos estar com 80% do público imunizado, mas as pessoas não estão procurando as unidades de saúde para tomar a dose de reforço”, explicou. Segundo ela, mesmo que a criança já tenha tomado a vacina, é necessário tomar o reforço que o Ministério da Saúde está recomendando.
Durante a campanha nacional, um “dia D” foi realizado e, após o término, o município manteve as estratégias facilitando o acesso à vacina, fazendo um segundo “dia D”. Mesmo assim a baixa procura vem preocupando.
“Estamos registrando queda nos últimos anos, essa queda é preocupante, pois se há uma reintrodução do vírus, a gente vai ter um impacto negativo nessas crianças que não tomaram a vacina”, apontou. Para alcançar a meta até o dia 30 deste mês, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) vai manter no sábado (14) os CRSs abertos e o Shopping Campo Grande vacinando. “Estamos estudando novas ideias para as próximas semanas para aumentar esse número de imunizados”, afirmou Veruska
(Texto: Dayane Medina)
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