Taxa básica de juros deve encerrar o ano em 15%, conforme estimativas divulgadas pelo Banco Central
As projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país se mantiveram estáveis nesta segunda-feira (10), conforme a nova edição do Boletim Focus, divulgada semanalmente pelo BC (Banco Central). A pesquisa, feita com instituições financeiras, mostra que a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2025 permaneceu em 2,16%, enquanto a previsão de inflação oficial (IPCA) ficou em 4,55%.
Para os próximos anos, o mercado prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 1,78% em 2026, 1,88% em 2027 e 2% em 2028. Em 2024, a economia brasileira havia registrado alta de 3,4%, impulsionada pelos setores de serviços e indústria, que também garantiram expansão de 0,4% no segundo trimestre deste ano. O dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,41, e subir para R$ 5,50 até o fim de 2026.
A estimativa do mercado para a inflação de 2025 continua acima do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Isso significa que o limite superior é 4,5%, patamar praticamente atingido pela projeção atual de 4,55%. O IPCA acumulou alta de 5,17% em 12 meses, de acordo com o IBGE, influenciado principalmente pelo aumento da energia elétrica em setembro, quando o índice mensal subiu 0,48% após ter registrado queda em agosto.
A taxa básica de juros (Selic) foi mantida em 15% ao ano na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que não descartou a possibilidade de novos aumentos caso as pressões inflacionárias persistam. A expectativa dos analistas é que a Selic permaneça nesse patamar até o fim de 2025 e comece a cair a partir do próximo ano, chegando a 12,25% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Em nota, o Banco Central destacou que o ambiente externo continua incerto, especialmente devido às políticas econômicas dos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais. Internamente, a autoridade monetária reforçou que, embora a atividade econômica mostre sinais de desaceleração, a inflação segue acima da meta, o que deve manter os juros elevados por mais tempo.
*Com informações da Agência Brasil
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