“Marquinho era uma base para a família”, diz nora de chargista

Debaixo de um céu cinza e chuvoso, familiares e amigos se reuniram para dar o último adeus ao chargista Marco Antônio Rosa Borges, de 54 anos. A vítima de uma morte brutal foi velada e sepultada no cemitério Jardim das Palmeiras, em Campo Grande, na tarde desta terça-feira (1º).

Os conhecidos de Marco estiveram com camisetas estampadas com um agradecimento para o chargista que será lembrado pelo bom humor: “Obrigado por nos alegrar sempre nosso eterno artista”. A nora de Marco disse que todos estão muito abalados e até agora não conseguem entender o motivo da massagista Clarice Silvestre para tirar a vida de Marco: “Essa é uma ferida que nunca vai fechar”, lamentou a jornalista Camila Farias.

Camila contou que Marco nunca havia falado sobre Clarice ou, ao menos, comentado que matinha um relacionamento com a massagista. O filho dele só foi saber do envolvimento dos dois quando entrou no facebook, com a senha do pai, e viu uma foto que Marco havia mandado para Clarice. A família deseja justiça: “Espero que ela continue presa, espero que se o filho dela fez parte do crime, que ele seja preso também”, disse.

Marco morava e cuidava dos pais dele, ambos com mais de 80 anos, os familiares preferiram preservar os idosos e não contaram detalhes da morte do chargista. Para Camila, o sogro era uma pessoa tranquila e a família não acredita na versão da massagista que alegou ter sido agredida por Marco: “Ele jamais faria isso, nunca aconteceu em relacionamento nenhum, ele nunca bateu no filho dele. Eu estou com meu marido há quatro anos e nunca vi meu sogro gritar”, afirmou a jornalista.

O caso

Clarice Silvestre contou à polícia que matou Marco Antônio no sábado (21) por ciúmes. A discussão no dia do crime começou por conta de uma foto postada pelo chargista nas redes sociais na noite da sexta-feira (20) ao lado de uma mulher. Durante a briga, Marco teria dado um tapa no rosto de Clarice, o que segundo ela, gerou raiva e, por isso, ela o empurrou da escada.

Ao cair da escada, Marcos ficou atordoado, mas consciente. Foi neste momento que Clarice foi até a cozinha e pegou uma faca. Foram desferidos golpes nas costas e no peito da vítima. Após o crime, ela foi em um bar que fica próximo a casa dela, por onde permaneceu até o fim da amanhã. Após o almoço, Clarice comprou sacos de lixo, luvas, água sanitária e preparou as malas onde ficaria o corpo. Inclusive, em depoimento, ela revelou que os materiais, roupas e pertences do chargista foram jogados no lixo e os sacos levados pela coleta.

A mulher procurou a polícia militar em São Gabriel do Oeste, na terça-feira (24), para se entregar e confessou o crime. Na quarta-feira (25), passou por audiência de custódia e está detida temporariamente na 2ª Delegacia de Polícia.

O filho dela, de 21 anos, confessou que ajudou a mãe a esquartejar o corpo da vítima e levou até uma casa abandonada na região do bairro Jardim Corcovado, em seguida, ateou fogo. Ele foi indiciado por ocultação e vilipêndio de cadáver, que é o crime contra o respeito aos mortos. Já a mãe vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe.

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https://oestadoonline.com.br/2020/12/01/policia-intercepta-caminhao-com-seis-toneladas-de-maconha/

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