Maria Cecília e Rodolfo tem EP com releituras de hits

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Sucessos Repaginados

Em 2021, enquanto festeja os 12 anos do lançamento do primeiro trabalho, a dupla campo-grandense, Maria Cecília e Rodolfo, lançou um EP com oito músicas de sucesso. A regravação e releituras dos hits sertanejos possui sete músicas de 2009 e uma de 2010. Um presente para fãs, que podem aguardar um segundo lançamento até o fim do ano e ainda há a possibilidade de músicas inéditas surgirem.

Rodolfo revelou que a escolha do formato e das músicas foi estratégica. O cantor destaca que o CD, o material físico, está em extinção e ninguém fazia um CD com seis ou oito músicas, que é o número máximo de canções em um EP pelo fato ser exclusivamente digital. Cada faixa foi produzida com uma nova roupagem do que lançado no primeiro CD e DVD da dupla. “São músicas que a gente já queria fazer novos arranjos e disponibilizar nos aplicativos e plataformas de músicas de uma outra forma. A gente até já canta elas de outra forma. Por isso, resolvemos lançar este EP. Além da ansiedade de disponibilizar conteúdo novo para nossos fãs na internet”, explica.

As gravações são as músicas de 2019:  “Você de Volta”, “Coisas Esotéricas”, “Mato e Morro Por Você”, “Primeiro Passo”, “A Fila Andou”, “Quem Ama Cuida”, “Passo Para Você me Olhar” e de 2010: “Os Dias Vão”.  O arranjo original se manteve, mas as mudanças vêm no som do violão, os timbres e a mixagem. Foi depois de muita conversa e pesquisa que resolveram trazer de volta seus hits de 2009. “Não vimos muito sentido em lançar música inédita agora e, infelizmente, a gente precisa investir gastar para a novidade ser divulgada nos aplicativos, rádios, chamar atenção e ter retorno. As pessoas gostam e daí vem os shows. Uma música só, pode mudar a carreira e a vida dos artistas. Mas, com a falta de shows, com a pandemia, com a proibição de divulgação, a maioria dos artistas está com medo de lançar algo inédito”, analisou.

Rodolfo destaca que 2020 foi difícil demais para a dupla que ainda não voltou aos shows presenciais. “Nosso último show foi no carnaval, dia 24 de fevereiro. Vai fazer 12 meses, um ano sem fazer show. Depois de fevereiro fizemos algumas lives, tanto no nosso canal por nós mesmos como algumas lives contratadas, lives corporativas, porém, a live não acontece todo fim de semana como os shows presenciais. Sempre fizemos shows aos fins de semana. Complicado para gente e também para as pessoas que estão por trás, como nossos funcionários, os ambulantes, seguranças, contratantes e promotores de evento. As pessoas da área tiveram que buscar outros empregos. Ficamos em casa torcendo e tentando nos cuidar ao máximo”, desabafa.

esperança

Para este ano, as expectativas não mudam muito, mesmo sob intensa esperança. “Com a chegada da vacina, a gente vê uma luz no fim do túnel para o nosso meio, setor de entretenimento, mas é um túnel muito comprido. Nosso trabalho depende de aglomeração e as pessoas que consomem nosso trabalho, nossa música, são de uma faixa etária de 18 a 35 anos. Serão as últimas a serem vacinadas pelo grupo de prioridades. Então, voltar aos shows só no fim de ano e olhe lá. Vejo um retorno para 2022. Voltar às exposições, feiras agropecuárias, aniversários de cidade e rodeio, aglomerações grandes assim, só no fim do ano ou só 2022. Esta vacina está vindo de pouquinho em pouquinho e nosso país é muito grande”, avalia.

Como alternativa há muito tempo sendo analisada pela dupla, tem música inédita, trabalhos virtuais, mas há muita cautela porque Rodolfo considera o retorno muito incerto. “Estamos pensando inclusive em um segundo EP, porque há muitas músicas importantes e de sucesso. Estamos estudando esta hipótese”, afirma. Rodolfo lembra que a burocracia para os incentivos chegarem aos artistas é muito grande. Para ele, os governantes não tiveram muita paciência para sentar com o setor de entretenimento e buscar uma alternativa.

“Todos os outros setores que trabalham com de aglomeração sentaram com os governantes. Restaurantes, hotéis, aviões tiveram liberados seus funcionamentos com capacidade e horários reduzidos, mas nós não. Ninguém falou com a gente sobre esta possibilidade de volta com as medidas de biossegurança. O setor de entretenimento não teve chance de mostrar que podia fazer um evento com todos os protocolos que são exigidos. Não tivemos esta oportunidade. Por isso, estamos há 12 meses sem fazer shows”, pontua.

O recado da dupla é para todo mundo continuar se cuidando porque a vacina não resolve os problemas ainda. “É preciso manter todos os cuidados: álcool em gel, máscara e distanciamento social. A gente tem que parar de circular, para o vírus parar de circular também”, destaca. Além disso Rodolfo alerta os amantes do sertanejo. “Este ano vamos dar um jeito de estar sempre próximos aos fãs, seja pelas redes sociais, rádios, internet ou na televisão. Vamos dar um jeito de estar perto de quem gostamos, do nosso trabalho e de quem gosta da gente. Que Deus nos abençoe mais este ano que não vai ser fácil”, finalizou Rodolfo.

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