Mais de 31,4 mil sul-mato-grossenses renegociaram dívidas através do Desenrola

Dívidas podem ser renegociadas na plataforma do Desenrola Brasil - Foto: Divulgação
Dívidas podem ser renegociadas na plataforma do Desenrola Brasil - Foto: Divulgação

Em Mato Grosso do Sul, mais de 31,4 mil pessoas formalizaram negociações na Faixa 1 do Programa Desenrola do Governo Federal, entre 9 de outubro de 2023 e 18 de fevereiro deste ano. Quitar as dívidas e limpar o nome na praça. O programa que possibilita a renegociação de débitos com cartão de crédito e contas atrasadas de água, luz ou telefone com descontos de até 96%, por exemplo, está na reta final. As negociações seguem até a próxima segunda-feira (20/5).

Em Mato Grosso do Sul, os débitos somavam mais de R$ 159,4 milhões. Após os ajustes oferecidos com os descontos, o total devido caiu para R$ 25 milhões. Desses, R$ 4,4 milhões foram quitados à vista e R$ 20,5 milhões reorganizados de forma parcelada. Campo Grande está entre as 30 cidades com maior volume de negociações no Brasil. Na capital sul-mato-grossense, mais de 16,8 mil pessoas se beneficiaram do programa, em um volume de R$ 13,5 milhões negociados em mais de 38,8 mil contratos.

Esta fase do programa é para quem ganha até dois salários mínimos por mês (R$ 2.824) ou está inscrito no CadÚnico (Cadastro Único). Os pagamentos podem ser à vista ou parcelados, sem entrada e com até 60 meses para pagar. Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Fazenda, mais de 14,7 milhões de brasileiros já foram beneficiados com a negociação de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

Outros critérios são: dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, e que não ultrapassem o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola. As dívidas podem ser renegociadas na plataforma do Desenrola Brasil. O programa também pode ser acessado por meio dos sites e aplicativos da Serasa Limpa Nome, do Itaú Unibanco, do Santander e da Caixa Econômica Federal.

Com essa integração das plataformas parceiras à do Desenrola, os clientes dos parceiros que se enquadram nos critérios do programa conseguem ver se existem ofertas pelo âmbito do programa. Eles podem ser redirecionados para o site do programa, onde é possível consultar as dívidas e fazer os pagamentos, sem necessidade de outro login.

Para ter acesso ao Desenrola diretamente pela plataforma do programa, é necessário ter uma conta GOV.BR. Usuários de todos os tipos de contas (bronze, prata e ouro) podem visualizar as ofertas de negociação e até parcelar o pagamento. Caso a pessoa opte pelos canais parceiros, não existe necessidade de uso da conta GOV.BR.

O Desenrola Brasil já pode ser acessado também por meio do site da Serasa Limpa Nome. A integração entre as plataformas foi concluída antes do carnaval e, com isso, os usuários logados na plataforma da Serasa já conseguem ser redirecionados para o www.desenrola.gov.br , onde é possível consultar as dívidas e fazer os pagamentos nas condições do programa, sem necessidade de um outro login.

Fake news
Nesta reta final, o Ministério da Fazenda também desmente duas fake news que têm circulado sobre o programa: ao negociar as dívidas pelo Desenrola Brasil, o cidadão não perde nenhum benefício social e também não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central. O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contragolpes.

Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.

 

Por  Suzi Jarde

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