O juiz Diogo Negrisoli Oliveira, corregedor da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, determinou a transferência do PM reformado Ronnie Lessa para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, na semana passada. A transferência ocorreu sob sigilo na última quarta-feira (9), por questões de segurança.
A informação foi confirmada pela defesa de Lessa e pela 7ª Vara Criminal Federal de Porto Velho. O magistrado atendeu ao pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de separá-lo do ex-PM Élcio de Queiroz, na tentativa de evitar que eles combinem versões para o Tribunal do Júri, ainda sem data definida. O ex-PM, por sua vez, foi mantido em Porto Velho.
Lessa e Queiroz são apontados, respectivamente, como o atirador e o motorista do Chevrolet Cobalt clonado que emboscou o carro da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, no Estácio, região central do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018.
A transferência ocorreu no dia seguinte ao crime completar mil dias sem responder quem são os mandantes e o porquê de Marielle e Anderson terem sido mortos.
Investigação
Nesta segunda-feira, 14, o crime completa dois anos e nove meses sem as respostas. A principal linha de investigação que vigora hoje é a tese de uma vingança contra o partido, mas, principalmente, contra o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), amigo pessoal da parlamentar e responsável pela investigação da CPI das Milícias em 2008, que terminou com 226 indiciados por atividades paramilitares.
(Com informações: VEJA)