Julho começa com altas nas contas de água e luz em MS

Foto: Sérgio Lima/Poder 360
Foto: Sérgio Lima/Poder 360

Bandeira tarifária vermelha trará 5% de reajuste na energia e em 67 cidades custo da água sobe 6,7%

O mês de julho mal começou e os consumidores sul-mato-grossenses já devem contar com dois aumentos pesados no orçamento: um de 5%, em média, na conta de energia e de 6,7% na água em 67 cidades do interior. Isso sem falar do sobe e desce de itens de alimentação e do gás de cozinha que chega a passar dos R$ 100 em algumas revendas.

Desde o dia 1º, a população de cidades atendidas pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) tiveram majoração nos serviços de água e esgotamento sanitário de 6,76%.

A medida consta de portaria da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de MS (Agepan) com a homologação do reajuste tarifário anual e foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado.

A revisão tarifária é prevista no contrato de concessão dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, sempre no mês de julho. Somente em Três Lagoas o porcentual de reajuste será menor, com aumento de 6,10% no serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Para o município, o cálculo foi feito com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/ IBGE), dos meses de abril de 2020 a abril de 2021.

Para os outros 66 municípios atendidos pela concessionária, o reajuste será de 6,76%, calculado com base na variação no IPCA/IBGE dos meses de maio de 2020 a abril de 2021.

Energia

A conta de energia elétrica também está mais cara com decisão do colegiado da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na terça-feira, 29, que elevou o valor da bandeira vermelha patamar 2 de R$ 6,24 para R$ 9,49 por 100 kWh. 

São R$ 3,35 a mais a cada 100 kwh consumidos, sem contar com o impacto dos impostos, alerta a presidente da área de concessão dos consumidores da Energisa MS, Rosimeire Costa. O impacto médio para o consumidor residencial deve ficar entre 4% e 5%, dependendo da faixa consumo. 

Para os que estão na faixa de até 50 kwh, o valor já com bandeira e impostos (base Cosip de Campo Grande) passa de R$ 0,80 a R$ 0,84 o kwh. Na faixa de até 100 kwh, de R$ 0,97 a 1,02; até 200 kwh vai de R$ 1,10 a R$ 1,14; de 300 khw passa de R$ 1,13 a R$ 1,18 e de R$ 600,00 de R$ 1,16 a R$ 1,21. 

O cálculo da área técnica da Anel, diante da crise hídrica e mais despacho de termelétricas, cujo custo de geração é bem maior, é de que a bandeira em seu maior patamar deveria chegar a R$ 11,50/100kWh para cobrir a diferença.

As bandeiras tarifárias foram criadas como um sinalizador para que o cliente tenha percepção do custo da energia que está consumindo, mas vêm apresentando defasagem, por isso mudança no sistema foi colocada em consulta pública.

(Rosana Siqueira)

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