Jornal O Estado atinge sua maioridade como referência em ética e credibilidade

Ambiente familiar marca consolidação do jornal em Mato Grosso do Sul pela pluralidade

Foi no dia 2 de dezembro de 2002, uma segunda-feira, que Mato Grosso do Sul recebeu de braços abertos seu mais novo jornal diário. Hoje, exatos 18 anos depois, O Estado de Mato Grosso do Sul atinge sua maioridade consolidado pela ética e credibilidade que os leitores de todo o Estado se acostumaram a encontrar não apenas nos textos impressos, mas também nos vídeos de sua web TV e no portal on-line, marcando as transformações pelo qual passaram esse filho do novo milênio.

O Estado de MS inicia hoje sua vida adulta tendo como compromisso certeza de que o único lado a ser seguido é do leitor, segundo exemplifica seu diretor, o empresário Jaime Valler. “Hoje todos os nossos funcionários que carregam O Estado no peito e podem entrar em qualquer lugar de cabeça erguida de terem a certeza de quer nunca recebeu algo para rodar qualquer matéria. Se fosse para fazer um jornal vendido, eu não faria. O jornal é independente. Eu não confundo o CNPJ da empresa com meu CPF”, disse Valler.

E foi com esse pensamento, de fazer um jornal de utilidade pública, totalmente democrático, cuja principal motivação não é defender grupos ou pessoas, mas sim trazer as notícias de maneira isenta, que O Estado de MS começou a sair do papel ainda em outubro daquele ano.

O dono do prédio onde o jornal funciona até os dias atuais e de máquinas rotativas, Valler foi convencido pela esposa, Maria Lídia Valler, de que valia a pena abrir um periódico no vácuo que tomava conta das bancas em Campo Grande.

Com o projeto em mãos, ‘Seu Jaime’ fez apenas uma exigência: o nome. “Fizeram uma pesquisa e viram que o nome estava livre. Registramos e demos o pontapé. Seis meses depois descobrimos que o nome tinha sim dono e aí tive que negociar a compra”, relembrou o empresário.

Muita raça, amor e paixão

O início do jornal começou a ser desenhado em meados de novembro. Foi quando a primeira equipe acabou sendo montada. “Eu fiquei sabendo por uma amiga que estavam contratando. Era estudante de jornalismo e vim com ela fazer as entrevistas. Acabei contratada e fiquei muito emocionada, afinal era estudante e teria a oportunidade de estar dentro de um jornal”, disse a diagramadora Cláudia Regina Cavalcante Vieira, até hoje na redação.

Após 15 dias de treinamentos internos, a equipe do editor-chefe Helio de Souza, formada por grandes profissionais como Wilson Aquino, Victor Barone, Fernanda França, Marilia Capellini, Avelino Neto, Michelle Rossi e Izaías Medeiros teve enfim o seu batismo. “Aquele primeiro dia foi marcado pela dedicação. Todo mundo se desdobrou, correu, saiu tarde e no dia seguinte não teve quem não passou em uma banca para ver o resultado final e ver a boa aceitação das pessoas”, disse Aquino, então editor de cidades.

Não era para menos. O Estado chegou em Campo Grande já marcando território pelas inovações e a modernidade. A inspiração do projeto gráfico era de revista. O objetivo era chamar a atenção, o que foi alcançado, com aprovação imediata do público. “Existiam muitos jornais na época e nós já entramos como o segundo maior e por muito tempo ficamos quase juntos com o principal concorrente, que tinha mais de 50 anos de história. Nós éramos um bebê e já incomodamos”, completou Cláudia Regina.

Carona amiga

O projeto impactante escondia o ineditismo do projeto. Como tudo que larga do zero, com O Estado não foi diferente, com muita improvisação, suor e raça para superar dificuldades e adversidades. “Quando começamos a trabalhar não tinha nem mesas”, brincou Avelino Neto.

Responsável pelo noticiário policial, ele se recorda de que sem carros de reportagem à disposição, muitas vezes ia de carona com a própria dona Maria Lídia para as pautas. “Todo mundo estava apaixonado e motivado em dar o seu melhor, inclusive os donos. Essa foi a fórmula do sucesso do jornal”.

“Era até engraçado. O pessoal chegava e falava que tinha acidente, tinha ocorrência e eu falava, sobe aí”, disse Maria Lídia. Ser motorista de reportagem não foi a única função dela, que nos primeiros dias quebrou galho em funções que iam de encartadora de jornal (a pessoa que dobra os cadernos) até de entregadora. “Existia uma lenda de que dono de jornal não podia conversar com ninguém da redação, da empresa, nada, tinha que ficar em uma sala fechada e, se pudesse, deixar escuro para não aparecer. E a gente tinha uma mentalidade diferente. Quem não é visto não é lembrado. Fazemos aqui como fazemos com nossa família. Você não entra em casa e esconde seu pai e sua mãe. Mas sim buscamos participar de tudo juntos”, completou dona Maria Lídia.

“É exatamente desse tipo de postura que eu guardo. De uma equipe muito colaborativa. Me marcou muito e tenho muita honra de ter feito parte da família O Estado, um lugar onde aprendi muito e formou muito da profissional que sou hoje”, disse a então repórter Marilia Capellini, atualmente assessora do Tribunal de Justiça do Estado.

A opinião é compartilhada por Maria de Oliveira Alves, que trabalha no comercial também desde o início. “Depois de tanto tempo se forma uma família mesmo e o sentimento é o melhor possível de fazer parte do crescimento de uma empresa, de ver ela chegar a esse ponto de maturidade alcançado”, disse.

(Texto: Rafael Ribeiro)

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