Inflação do aluguel cai 0,77% em julho e tem terceira redução seguida

Aluguéis
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

índice usado para reajustar contratos imobiliários acumula queda em quatro dos sete meses de 2025 e sobe 2,96% em 12 meses

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como referência para o reajuste de aluguéis, recuou 0,77% em julho. É o terceiro mês consecutivo de deflação e o quarto resultado negativo nos sete primeiros meses de 2025. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Com a nova queda, o índice desacelera ainda mais no acumulado de 12 meses, chegando a 2,96% — o menor patamar desde junho de 2024, quando registrava 2,45%. Em março deste ano, o IGP-M alcançava 8,58%, sinalizando desde então uma trajetória contínua de alívio inflacionário. Um ano atrás, em julho de 2024, o índice estava em 0,61%.

A última vez que o IGP-M apresentou uma sequência tão longa de deflações foi entre abril e agosto de 2023.

O recuo atual foi influenciado, principalmente, pela queda nos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% da composição do IGP-M, registrou retração de 1,29% em julho. Produtos como café em grão (-22,52%), batata-inglesa (-29,63%), milho (-7,54%) e minério de ferro (-1,86%) puxaram o índice para baixo.

Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% na fórmula, apresentou alta de 0,27%. Os maiores responsáveis pela pressão foram as passagens aéreas, que subiram 6,29% com a alta demanda nas férias escolares, e a conta de luz, que teve aumento de 2,74% com a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Essa bandeira adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, em razão da ativação de usinas termelétricas durante períodos de baixa nos reservatórios.

Já o terceiro componente do índice, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), ficou em 0,91% no mês. Dentro desse grupo, o custo da mão de obra subiu 0,99%, enquanto materiais, equipamentos e serviços tiveram alta de 0,86%.

A pesquisa da FGV, que serve de base para o cálculo do IGP-M, é realizada nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife e Salvador. Os dados mais recentes foram coletados entre os dias 21 de junho e 20 de julho.

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