O preço dos remédios disparou no mês de abril, com alta de 2,69%. Os produtos farmacêuticos foram responsáveis por ⅓ (0,09 ponto percentual) do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), que foi de 0,31% em abril. Eis a íntegra (355KB).
Sergio Silveira, professor de economia da UniCEUB (Centro Universitário de Brasília), explica que o reajuste afeta mais a população que recebe um salário menor e depende de medicamentos de uso contínuo. “Essas pessoas vão precisar tirar o dinheiro de alguma outra necessidade para conseguir comprar remédio”, afirma. A alta era inevitável, segundo Silveira, porque grande parte da matéria prima dos medicamentos vem do exterior.
O economista afirma que a situação repercute mal para todos os lados. As farmacêuticas ficam com o ônus de ter que aplicar o aumento; a população aperta o orçamento para fazer caber mais um gasto e o governo fica em uma saia justa. Se não realiza o reajuste, sofre pressão da indústria.
“Se o governo segura o preço e o custo do medicamento fica muito caro para a farmacêutica, ela para de produzir e isso afeta a população que precisa daquele medicamento”, argumenta.